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Artigos-->Protesto às caras pintadas -- 13/06/2002 - 13:05 (Raquel Zanon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Jovens com cara pintada pediam o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, no início da década de 90. Anos mais tarde, já no século XXI, jovens de cara pintada torcem por uma seleção de homens brasileiros que jogam seu futebol mais-ou-menos em plena Copa do Mundo.

Depois de conquistar o tão almejado tetracampeonato, em uma das mais sofridas finais, com direito a prorrogação e definição por pênaltis, na Copa de 94, e após ser eliminado pela singela seleção da França e ter de se contentar em ser vice-campeão, na Copa de 98, o Brasil volta aos campos com um time de jogadores que desesperam fãs e patriotas.

A cara pintada, talvez, seja uma forma de protesto. Se os dois acontecimentos – impeachment e jogos da Copa – forem comparados, será fácil perceber que há muitos motivos que levam a protestar contra eles. Mas nenhum dos dois motivos vai mudar o destino dos fatos.

Por mais que alguns jovens do início da década de 90 ainda teimem em acreditar que suas caras pintadas serviram de pressão ao impeachment de Collor, verdade seja dita, eles fizeram parte apenas de uma fantasiosa torcida da Copa do Mundo.

E ainda que os patriotas (aqueles que falam mal do Brasil o ano inteiro, e nas épocas de Copa do Mundo, amam seu país e acreditam na vitória da seleção) pensem que a cara pintada demonstra o amor que eles sentem pela seleção e a fé que têm na vitória, eles insistem em desacreditar que o empurrão aos jovens atletas da seleção brasileira não vem da torcida.

Mas se os brasileiros não acreditarem que há coisas boas desse país tropical a serem mostradas ao mundo, as esperanças de um dia o Brasil tornar-se um país de, no mínimo, Segundo Mundo, vão escoar pelos ralos e deixar muitos empresários frustrados.

Nada contra as caras pintadas, mas quem pinta a cara é palhaço de circo, literalmente. E os jovens do Brasil não são (pelo menos não devem ser) palhaços, pois se fossem, o futuro do país estaria completamente equivocado, e as ruas das cidades se tornariam autênticos picadeiros.

Certo seria se todos contribuíssem com ruas enfeitadas, bandeirolas penduradas nas janelas dos prédios ou dos carros e meio-fios pintados de verde e amarelo. Mas pintar o rosto é uma questão de integridade. É como se os jovens se mascarassem em épocas de Copa do Mundo para torcer por uma seleção quase perfeita, que reflete um país quase perfeito. Sinceramente, torcer faz parte da rotina dos fãs, mas sem ridicularizar a causa.
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