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Cartas-->Carta para um amor perdido - março de 1997 -- 21/02/2003 - 23:39 (Manfredo Niterói) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando o amor nos prega peças... Um dos episódios da mais bela estória de amor que conheci


Niterói, 08 de março de 1997.

Poucas coisas tenho a lhe dizer, Chris.

Está enganada se pensa que essa é uma carta recheada de mágoa, ou coisa que valha. É uma simples mensagem para que você saiba que, da maneira que você estiver, estarei torcendo para que tenha encontrado uma parcela da felicidade que lhe é devida pela vida ou, ao menos, o caminho que faça que você chegue a esse encontro.

Espero que tenha gostado do poema de W. Blake que lhe enviei. Como já lhe disse várias vezes, tenho palavra, e faço questão de cumprir todas as coisas a que me proponho fazer.

Infelizmente, você parece que não coaduna com este tipo de pensamento, uma vez que fiquei a sua espera em nosso encontro. Imaginei - e hoje já tenho a certeza de estar certo - que realmente seu ex-namorado a tivesse levado para Saquarema. Espero que tenha sido bom.

A vida nos coloca diante de várias situações, as quais sempre, ou quase sempre, temos de fazer opções. A sua opção já foi demonstrada, e saiba que torço para que tenha sido a melhor para você. Eu realmente nunca me considerei uma boa opção em sua vida, pois não gostaria de magoar-te nunca.

O que na verdade queria dizer-lhe é que gostei muito de conhecer-lhe, e que você é uma pessoa especial para mim.

Sinceramente, pensei que pudéssemos ainda nos conhecer mais um pouco. Infelizmente, estava enganado. Triste; não me considero. (como diria Blake, a abelha atarefada não tem tempo para tristezas...). Apenas me sinto como o camponês, que sorria sozinho pelo caminho ao lembrar que poderia ainda encontrar sua fada. Naquele momento, estava feliz, pois a esperança do encontro, o satisfazia.

Se fosse hoje, aquele camponês seria protagonista de outra estória. Seria, com certeza, outra estória bem diferente. Porém, não conteria mágoa, tristeza ou sentimento de perda. Seria otimista, como devem ser as estórias bonitas, e talvez a sua beleza estivesse nos sentimentos de que, mesmo sabendo que não quer mais encontrar a fada, quisesse somente que ela fosse feliz, realizada. Assim deve ser.
Não a procurarei mais. Não estou disposto a ouvir o porque de não ter podido encontrar-me no dia e hora marcados. Não me interessa, desculpe-me dizer-lhe.

Algum escritor (acho que um desses de “auto-ajuda”, se não me engano o Paulo Coelho, em “O Diário de um mago”) escreveu que O mundo conspira a seu favor. Acreditei nisso (embora esses livros sejam péssimos...), e fico na esperança que tenha o mundo conspirado a seu favor no momento em que optou em voltar para Saquarema ao ir encontrar-me. Como anteriormente disse, a vida ainda lhe deve uma parcela de felicidade. Você ainda deve ser muito feliz, pois é uma pessoa linda.

Como você pôde perceber - acho eu - , gosto de dizer o que penso. E o que gostaria de dizer era isso. Como não sei se ainda irei vê-la algum dia, resolvi escrever. A melhor maneira de evitar os problemas é encará-los; a melhor maneira de evitar as pessoas ruins/chatas/sem caráter é dizer sempre o que pensamos (Dizes sempre o que pensas e o homem torpe te evitará - W. Blake).

Talvez devêssemos ter dado ouvidos a Pokaropa quando ele falou, sempre daquela maneira meio esotérica, que se soubéssemos nos dar o devido valor... Sei lá. Ele falou para você, e não para mim.

Ponho na estante o livro do Blake; guardo no armário o disco da Siouxise & the Banshees que contém Christine (strawbeerry girl); no porta CD, o CD que toca Christine sixteen; sua foto, guardarei em alguma gaveta que abra poucas vezes.

Mas continuarei torcendo pela sua felicidade. Você merece muita coisa desta vida.

Adorei te conhecer, e saiba que há alguém que quer muito, muito mesmo, que você seja feliz. Olhe sempre para os frutos, nunca para as raízes.

Um beijo.
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