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Contos-->Maria Joana -- 01/09/2003 - 19:10 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Talvez tenha sido culpa do padre. Ninguém sabe ao certo. Queriam registrar como Rita de Cássia, mas o homem insistiu tanto que mudaram de idéia. O estudante de direito tentou argumentar um pouco, mas a mãe era amiga do padre e aceitou a sugestão: Maria Joana. Homenagem a Maria mãe de Deus e Joana D’Arc, a santa guerreira dos franceses.
Tudo transcorreu bem até chegar ao ensino médio. A menina estudou em colégio de freiras e seguia uma rígida disciplina católica. O pai estudou, terminou o curso e se tornou delegado de polícia. A mãe professora de história na rede pública.
Maria Joana espevitada, cheia de vontades reprimidas pelas freiras, insistiu em trocar de colégio. Os pais consentiram, pois já havia passado bastante tempo em companhias ajuizadas.
MJ passou então a observar as outras garotas, buscar motivações diferentes. Logo na primeira semana de escola nova entrou na brincadeira do beijo. Beijou todos os garotos da oitava série, partindo para os do ensino médio na semana seguinte. A brincadeira consistia em comparar os beijos de acordo com o grau de intelectualidade. Nas terceira e quarta semanas beijou os garotos do segundo e terceiro ano também.
Não havia competição entre as estudantes, bastando apenas registrar no caderninho de confidências a façanha beijoqueira. Os pais nem imaginaram.
A virgindade foi embora pouco tempo depois. Houve um show artístico no colégio e MJ gostou de um pagodeiro de voz enjoada. Durou poucos dias.
Um estudante de outras paragens passou pelo colégio com uma motocicleta importada e ofereceu carona. Ficou com o jovem, a moto e logo experimentou maconha. Gostou tanto que mudo seu nome para Marijuana, a garota dos sonhos. Embalou na aventura e resolveu se tornar uma pequena empreendedora.
O pai delegado descobriu, falou com a mãe e desceu a cinta. Mudou até de colégio e bairro. Não adiantou. Tinha medo que a filha fosse enquadrada como traficante. Resolveu fazer um acordo. Garantia o consumo se não vendesse mais.
Foi assim que começou a roubar a erva dos traficantes, para sustentar o vício da filha. Ia tudo bem até o dia em que jovem resolveu fazer uma festa no outro lado da cidade.
Furou uma blitz, atropelou um guarda e acabou sendo ferida pela polícia. Foi presa e condenada. Atualmente comanda a distribuição de ervas no centro de detenção. Marijuana, predestinada pelo batismo.
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