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cronicas-->Além do horizonte -- 14/02/2003 - 18:36 (Luis da Silva Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Além do horizonte




Estranho o que vem acontecendo no Brasil dos nossos dias. Quando se fala em democracia, ao que parece, as coisas sempre se voltam contra o povo, numa clara e paradoxal descaracterização daquilo que ela deveria ser na realidade.
Desse modo, o que se vê nos dias de hoje é um governo incapaz de articulações políticas ( ainda que aparentemente pareça o contrário), aptas a conduzir o processo político por caminhos claros, onde se emancipe a tão propalada tansparência. Parece, até, que o país está de volta a um regime recente na nossa História , de sombria lembrança, que não deveria ter deixado saudades. Só que, desta vez, travestido, numa roupagem insuspeita, como a pele do cordeiro que envolve o lobo que, não obstante, não deixa de ser lobo, tornando-se até mais perigoso porque camuflado, contra quem não se tem defesas.
A batuta que rege o nosso país possui espinhos e, diferente da outra batuta que comanda através dos gestos suaves ou bruscos daquele que a empunha, comanda como um açoite, um pau de espinho, um flagelo. E muda muito pouco em relação ao comando nacional dos anos de chumbo.
Naquele tempo o governo mandava e não pedia, fazia e não prestava contas. E ao povão tudo parecia estar fluindo como uma cascata mansa quando, na verdade, os desmandos arrebentavam aqui e acolá e a miséria grassava entre as gentes.
Que dizer, agora, de um presidente que já proíbe os seus ministros de se manifestarem acerca de acontecimentos em suas pastas, fazendo com que estes cancelem notas e suspendam coletivas, causando um constrangimento sem medida porque tolhe a manifestação daqueles que foram eleitos para, dentre outras coisas, discutir os problemas nacionais?
Outro detalhe interessante é que enquanto as montadoras dão férias coletivas aos seus empregados ou suspendem a produção, o Principado de Mónaco, que segundo o Príncipe Albert "não é só cassino", faz o seu jogo no Brasil. E, certamente, um grande jogo, já que, num futuro brevíssimo, segundo a previsão, estará produzindo autopeças aqui e, logicamente, levando os louros para casa. Claro. Sempre foi assim. É do que se tem notícia, pelo menos, a partir da segunda metade deste século. Fica no ar se a implantação da indústria do principado seguirá o mesmo processo das indústrias que se instalaram no Brasil nos áureos tempo do bolo quando, segundo a História, para cá eram trazidas máquinas obsoletas, resultantes de desmontes nos seus países de origem para aqui produzirem bens de categoria inferior, caros e sem competitividade.
Coisa difícil de ser entendida, até porque o horizonte está alto demais e não permite nenhuma visibilidade.
Indalus



Campo Grande-MS, 10.11.98 - 21:18
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