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cronicas-->Cirurgia -- 14/02/2003 - 18:41 (Luis da Silva Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cirurgia




Em medicina, sempre que um órgão está comprometido, recomenda-se a sua extirpação como forma de evitar que o comprometimento se espalhe e cause prejuízo a outros órgãos. Em muitos casos, a extirpação pura e simples não resolve o problema, já que, sendo o órgão vital, é necessária a sua substituição, o que nem sempre é possível devido à carência dos bancos de órgãos.
De qualquer forma, a cirurgia é recomendada, ainda que seja trumática por si só ou pelos seus resultados; se colocar em risco a vida do paciente, ainda assim, será indicada e será feita, nesse caso, desde que a família do paciente seja informada dos riscos da operação e a autorize. Isto porque o fato de pór em risco a vida do sujeito não a desautoriza, o que significa que o médico consciente deve prescrevê-la como único meio de tentar salvar o doente. Se os familiares aceitam ou não, isso é outro caso, o que não pode é o médico não tocar no assunto só porque, de antemão, o sabe perigoso. Assim, é que amputa-se uma perna, e, se o paciente tiver posses, implanta-se uma prótese para recuperar a estética; um braço, e lá vem a prótese; um olho, e lá vem um de vidro; um seio... Se não tiver posses, fica sem o órgão e não vai morrer por causa disso. Desses, pode-se prescindir. Afinal, não é coração, nem rins, nem medula...
Pois muito bem. A violência da sociedade é doença igual aos males do corpo. Ainda que sempre tenha existido, um dia foi menor, inexpressiva, imperceptível e, em alguns casos, inexistente. Só que, como a doença do corpo, ela surgiu e, desde que não foi combatida na raiz, cresceu, cresceu e cresce. Começou como uma pústula, coisa de nada, externa. Virou um quisto, um cancro, um càncer, não necessariamente nesta ordem. O fato é que virou càncer e já é quase uma metástase.
Só que o governo e os segmentos mais representativos da sociedade estão perdendo o bonde, discursando além da conta e contribuindo para que esse mal avance cada vez mais, numa atitude que estarrece o comum do povo e faz dele eterno refém da escória, dos desmandos do governo, prisioneiros em sua própria casa, enquanto os que deveriam estar presos ou mortos vivem livres e desimpedidos.
Já é hora de fazer uma cirurgia na sociedade, amputar os seus órgãos podres a despeito do trauma que possa causar. O que não pode continuar acontecendo é o "médico" ignorar os ditames dos "familiares" do doente e não realizar a cirurgia a qualquer pretexto, porque com a efetiva cirurgia, pode-se perder o paciente, mas existem as chances de recuperá-lo.
E a família, nesse caso, já deu o alvará para o médico aqui representado pelo governo e pelos tais segmentos representativos
Portanto, tentar salvar o doente, ainda que com cirurgia traumática, é a ordem do dia. Já é hora de esquecer aqueles que pregam o combate do mal pela oração, da matéria pela palavra. Matéria se combate com matéria. Força com força. Já é tempo de parar de temer organismos internacionais, salvo se o rabo estiver preso. Todo o país deve mandar em suas fronteiras, gerir as suas contas e os seus atos. Pelo menos os que se dizem livres, a não ser...
Pelo mundo a fora países em guerra contra os seus iguais, dentro das suas próprias fronteiras, resistem a ordens internacionais quando, na verdade, estão cometendo massacres formidáveis contra os seus próprios civis. Mas eles resistem, ainda que, nesse caso, as forças internacionais estejam certas em querer intervir. Aqui, é diferente: os civis inocentes pagam alto preço pela subserviência do governo às ordens lá de fora. Aqui, não se desobedece ordens internacionais, mesmo que tais ordens subjuguem 99% da população.
É hora de acordar. Lugar de bandido é o cemitério e ninguém precisa ficar sabendo disso. O governo, quando quer, sabe fazer as coisas sem que ninguém saiba. Uma coisa é certa: se os membros podres desse corpo não forem extirpados, o corpo desaparecerá. Marginal não merece proteção nem atenção. É hora de recuperar o verdadeiro papel da sociedade. Hora de fazer um transplante ou simplesmente, uma amputação. Se essa operação tem riscos, a população já sabe e está disposta a suportá-los, se for o caso.
Indalus



Campo Grande-MS, 21.01.00 - 13:06


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