SUBMISSÃO
Me visto de todas as repulsas
Com as cores que a mágoa pulsa,
Disposta a retalhar em postas
Esta saudade intrusa
Me dispo de todos os ardores
Que queima meu corpo em fogo,
Aprisiono este penar no calabouço,
Dos meus amores sem pudores
Me armo com todas as desculpas
Que me libertem da amargura
Que esta paixão me imputa,
Na qual me entrego com loucura
Me embaraço neste amor sem laço
Me queimo no calor desta disputa,
Que travo no regaço do teu abraço,
Na qual me perco, sem culpa nem luta,
Mas com infinita ternura
MORGANA
Rio de Janeiro, 02/04/04.
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