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Cronicas-->Guerra -- 14/02/2003 - 18:50 (Luis da Silva Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Guerra




Dizer que não deveria existir guerra, para ser sensato, é querer contrariar a natureza das coisas. É querer fazer triunfar a vontade própria sobre os dogmas do homem e do seu relacionamento. Mais que isto: é ignorar a existência dos recursos da terra e a capacidade empreendedora de cada segmento humano e a ànsia de conquista de cada indivíduo, ànsia que cresce à medida que cada um galga postos na esfera social, de modo a formar as bases do estrato e, depois, a consumação das castas.
A guerra sempre existiu e vai existir sempre. Desde que a civilização inteira não passava de alguns poucos exemplares até os dias atuais quando as massas se inflamam acossadas pela fome, pela miséria e pela religião, esta última tão antiga quanto as primeiras. Que na verdade, fome e miséria sempre existiram onde esteve o homem, porque a ganància de uns fazem a derrocada de outros, e a fome, a miséria, a rivalidades entre as castas e a ganància, não necessariamente nesta ordem, sempre foram o combustível para as revoluções internas e externas. Não há como mudar isso.
De certo modo, as convulsões sociais existem para dar o equilíbrio necessário à manutenção da raça humana, ainda que isso possa soar estranho. Aqui, ali e acolá essas convulsões agem como a força que vai equilibrar o número de seres à capacidade produtiva tanto a agrícola quanto a industrial. Porque a carência de bens de consumo duráveis não gera menos indignação que a fome, principalmente quando um segmento grande de população vê o progresso enriquecer em demasia um outro, infinitamente menor, mas que compartilha com ele da mesma cidade, da mesma região e do mesmo país.
Naturalmente que a riqueza de uns é necessária para que haja fonte de produção. O que choca é a enormidade do potencial dessa riqueza que poucos detêm. O que revoluciona é ver isso e mais o produto das fábricas enchendo containers para abastecer outras gentes quando a força de trabalho que os produziu mal se sustentam de pé.
Essa discrepància gera os primeiros sintomas de ebulição na sociedade, mas há quem conteste a existência da guerra, apesar de tudo. Na verdade, quando assim agem, nada mais pretendem além de atrair a atenção sobre si próprios, passar por bonzinhos quando, muitas vezes, sobrevivem à custa da miséria alheia.
Mas a guerra tem se banalizado. Banalizado porque ficou técnica demais, acerta os alvos discriminadamente sem causar grandes danos à vida. É mais como uma guerra de destruição de prédios, redutos, bunkers. Apesar disso, não deixa de ser guerra e por isso sempre causa baixas na população.
E daí? Guerra é guerra. É necessária ao equilíbrio, à descoberta de novas tecnologias que no pós-guerra vão direitas para os hospitais restabelecer a saúde e salvar vidas. Na verdade, a guerra, hoje, nem mata tanto, não mata mais por atacado o que serve para fomentar o verbo dos incautos de plantão que lamentam a morte de um ou outro civil vitimado por um artefato que foi mal direcionado ou por um estilhaço de bomba.
Tenha paciência. Claro que ninguém vai ficar esperando a morte só porque ela é inevitável, mas
guerra é guerra; está dito.
Indalus



Campo Grande-MS, 19.11.2001 - 12:10


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