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cronicas-->Violência -- 14/02/2003 - 18:55 (Luis da Silva Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Violência



A coisa mais fácil que existe no Brasil é falar sobre a violência. Todo o mundo fala que com ela não dá mais, que a coisa não pode continuar como está, que vai acabar com ela. Todo o mundo fala, mas ninguém se lembra de que esse cancro tem idade e não é coisa muita. A violência sempre existiu, ela existe onde existe o ser humano. Mas esta que campeia entre nós passa pouco dos quinze anos.
Até outro dia, o constrangimento físico que existia por aqui era o que se poderia considerar normal, apenas uma consequência das tendências humanas, do seu mau gênio, e não dominava o noticiário e as publicações e as palestras e as oficinas como hoje.
A situação atual tomou força pouco depois de 1980, quando o país iniciou o processo de transição de uma situação política para outra. A partir daí, os direitos individuais ganharam força e a sociedade sentiu-se como uma galinha presa sob um balaio para mostrar o ninho feito fora do local apropriado. Uma vez passada a hora de botar e levantado o balaio, a penosa sai em debandada em busca do ninho, o que, quase sempre, leva o seu seguidor a descobrir-lhe a toca.
E a sociedade acabou por meter os pés pelas mãos. Começou a querer demais, exigir muito sem a contrapartida. Com isso, a própria sociedade criou o germe da violência que grassa pelo país nos dias atuais, embora não admita isso e nem considere que a massificação da brutalidade nos meios de comunicação seja a responsável pelo caos que verificamos hoje em dia.
Claro que os intelectuais e a mídia não vão admitir isso. Mas o que se fala no rádio, ou se escreve nos jornais, ou em letras de música, ou o que passa na televisão poderia ser menos escrachado do que é para o bem de todos.
Mas, agora, é tempo de política. Tempo de pór a descoberto os podres do país. Todos os candidatos falam em acabar com a violência, desde os novatos que falam sem sequer saberem o que estão falando - apenas porque lhes foi dito pega bem -, a outros que já ocupam cargos há vários mandatos. Principalmente esses últimos, falam em acabar com a violência, em criar leis específicas para a situação, caso ganhem as eleições, como se fossem os salvadores da pátria, como se não estivessem lá há tempos, como se já não tivessem perdido a oportunidade de fazerem alguma coisa.
E o povo acredita, o povo miserável.
Acabar com a violência é fácil, muito fácil. Basta deixar a Polícia trabalhar. Basta não permitir que a imprensa participe de operações policiais (onde já se viu?), porque o mesmo veículo de comunicação que é contra a escalada da violência faz entrevistas com bandidos e lhes dá importància de heróis.
Acabar com a violência sugere acabar, pelo menos, com um pouco da nossa subserviência internacional e agir por vontade própria, porque os mesmos países que controlam a vida interna da maioria dos povos do mundo com blablablás o controlam, a bel-prazer, com armas quando julgam necessário.
O Brasil deveria preocupar-se menos em ouvir a Anistia Internacional, os Direitos Humanos dos bandidos, o que diz o Papa, o que diz esse ou aquele grande dirigente do mundo e prestar mais atenção ao seu povo que clama sem esperança, sem perspectiva de vida e sem poder sair de casa. Se não faz isso por medo de represálias internacionais... uma a mais ou a menos não deve fazer muita diferença.
Campo Grande-MS, 26.09.2002 - 11:40
    
Indalus

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