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cronicas-->A gota d água -- 16/02/2003 - 15:17 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A gota d água

Definido o secretariado do prefeito, percebe-se que a mídia local estará abastecida por um bom tempo de novos discursos. A propósito, tive a oportunidade de ouvir pela televisão a fala de três. A primeira, refere-se a do designado para a Secretaria de Indústria e Comércio. Não vi e nem ouvi nenhuma inovação na fala do competente professor, do tipo, por exemplo: gestor, impactante etc.. Por outro lado, o escolhido para gerenciar o orçamento participativo disse em entrevista, na televisão, que uma das suas funções era servir de interface - e aqui eu grifo interface, porque achei o máximo essa tal de interface - entre o orçamento, enquanto sugestão do povo, e as demais secretarias, foi o que entendi. Traduzindo: fazer o meio de campo.

Bem! Só para recordar, no primeiro orçamento participativo isso queria dizer -penso- entre outras coisas, transformar em números os serviços e obras públicas pretendidas pelo povo, discutidas a exaustão nas representações de bairros...

Já o escolhido para a Secretaria do Meio Ambiente, levou-me aos bons tempos de criança. Perguntado se acreditava haver recursos financeiros suficientes para a sua pasta, muito entusiasmado, disse que sim e mais: que o seu orçamento seria um orçamento ecológico. Logo relacionei ecológico com verde. Perguntei-me: " Seria um orçamento lastreado no dólar?" Mas para justificar o ecológico disse a máxima: " na natureza nada se perde, tudo se transforma".

Como dissera, levou-me aos bons tempos de criança pelo seguinte: Por volta de 1962 surgiu em Cerca Velha, distrito de São Gotardo, um senhor que comprava sucatas e vidros em geral: cacos, recipientes, qualquer coisa de vidro. Foi uma farra para a criançada. As ruelas ficaram limpas e os quintais de todas as casas foram devassados na cata dos metais e vidros.

Com a segunda cata, o lixo reciclável rareou. Inclusive ninguém cortava mais o pé. Como alternativa a turma começou a roubar garrafas das vendas e dos botecos; quebravam-nas para despistar o mal feito. Na terceira os vidros e metais tornaram-se raridades. Como medida extremada começaram a quebrar os vidros das casas e das escolas municipais... Tirem suas conclusões, a minha é a de que um orçamento ecológico passa, em primeiro plano, por um orçamento educativo.

Retornando às questões gerais do secretariado, fiquei surpreso com a indicação, permita-me dizer: do Renato da Receita Federal, para ocupar o cargo de diretor do Dmae. O que não era para ficar, pois, Renato trabalhou muito e o que é mais importante, com fidelidade, para o Dr.Zaire. Dizem as mas línguas que só mesmo um "leãozinho" para acabar com os imãs, com as ligações diretas já, com as intermitências, com os desvios subterràneos e a máfia do hidrómetro. Intrigas! O povo conversa muito.

Com a escolha do titular para os Serviços Urbanos nem tanta surpresa tive. Ela é mais uma prova de que política não foi feita para o povo entender (me incluo). Poucos são os que lêem Maquiavel. O bom mesmo seria se o secretariado fosse escolhido por concurso público o que seria muito justo se se considerar a remuneração. Mas seria a gota d´água. Seria democracia demais para o gosto de poucos.

E por falar em remuneração, aliás, sem nenhuma implicação com o secretariado, diga-se : homens honestos trabalhadores e providos de um discurso acadêmico - falo apenas para informar aos leitores que a consequente folha de pagamento desse secretariado, não tenho dúvidas, igualará à soma de mais da metade das dotações orçamentárias de muitas cidadezinhas do estado de Minas, incluso o Triàngulo, óbvio.

Uberlàndia pode pagar, mas merece um bom trabalho. Aguardemos.

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