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Infanto_Juvenil-->A MALDIÇÃO DA ROSA BRANCA - PARTE XI -- 14/02/2003 - 09:11 (Angellus Domini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAPITULO XI

- Bom começo, hein doutora Joana? – Adelmo ainda não estava conformado em ser chefiado por uma mulher.- parece que os delegados desta cidade não tem muita sorte?
- Bom detetive, a função de investigar os crimes é sua, lembra-se? Aliás, deve chegar esta semana uma auxiliar para o senhor no caso. – Joana parecia calma, e estava sentada em sua cadeira, enquanto lia alguns relatórios sobre o caso. Ela era alta, cabelos preto e muito lisos cortado pelo ombro e amarrados em um rabo de cavalo. Estava vestida em um terninho preto, sem maquiagem e sempre com um olhar sério.
- Como, o que a senhora está dizendo?
- Uma policial especializada em assassinos seriais está vindo para ajudar na investigação.
- Mas você não pode fazer isto, este caso é meu!
- Sim, este caso é seu. Já temos três mortos e o que você fez? Nada. Por isso, assim que policial Verônica chegar, ela vai assumir as investigações, e você irá trabalhar com ela.

Adelmo saiu da sala da delegada arrasado. O delegado Guilherme confiava cegamente em seus trabalhos, agora, estava afastado do comando de uma investigação, graças à vontade de uma mulher. Aproveitou que ainda estava à frente da investigação e foi verificar o local do crime, que ficara lacrado. Como Jorge havia dito que seu café fora envenenado, Adelmo decidira buscar os copos descartáveis de café, em busca de alguma pista, tarefa que não foi nada agradável. Encontrou uma infinidade de copinhos de café descartáveis, e decidiu mandar todo o cesto de lixo para análise de resíduos de café. Decide após ir dar uma busca na casa de Jorge para verificar ele tinha café em casa e poderia ter sido envenenado antes de vir para o teatro.
Quando Adelmo chegou a casa de Jorge, percebeu que alguém estava lá, pois a porta estava aberta e as luzes acesas. Adelmo tocou a campainha, e foi recebido por Sandra, Ângela e Beatrix.
- Que surpresa encontra-las na casa da vitima, senhoras. O que fazem aqui?
- Bem, ele precisa ser enterrado e sua família precisa saber que ele morreu. Viemos pegar os endereços da família, roupas para tira-lo do necrotério, e documentos do plano funerário para prepararmos o enterro. Afinal somos amigas dele, senhor Adelmo.- Sandra estava aparentemente sob efeito de calmante, pois falava devagar e estava como que desligada do mundo. Ângela estava com algumas agendas e documento nas mãos, procurando o endereço de parentes, e Beatrix, ao ver o policial, ficou com ar receoso, despediu-se dizendo que tinha que ir a biblioteca. Antes de sair, disfarçadamente pegou uma das cópias da chave da casa de Jorge.
- Parece que para procurar uns endereços e documentos precisaram quase desmontar a casa? – diz Adelmo, com um riso irônico.
- Não – responde Ângela - a casa dele já estava assim quando chegamos. Achamos estranho, pois Jorge era superorganizado, coitado, não tinha jeito para bagunça, que será que levou...
- Espera – Ângela foi interrompida por Adelmo, que de repente ficou sério e preocupado – a senhora disse que a casa já estava toda revirada? Porque não chamaram a policia? A porta, ela estava arrombada?
- Não, - intervém Sandra – estava trancada. Nós pegamos a chave com a empregada. Achamos que, como ele morreu lá no teatro, não teria problema em virmos aqui.
- Sim, mas como a casa estava revirada, como nos outros três casos, é melhor vocês saírem. E por favor, não levem nada além das roupas. Pode haver alguma coisa nestas agendas.

Ângela e Sandra saíram contrariadas. Adelmo não podia trata-las daquela maneira. Sandra disse que ia para casa para ligar para os pais de Jorge no Peru, para providenciar o enterro.
Ângela dirigiu-se a prefeitura de Santa Cecília, que ficava a algumas quadras da Pensão dos Estudantes. Evitou falar com alguém, e com os óculos escuros, disfarçava para onde olhava. Sem anunciar, entrou no gabinete do prefeito Antony Cesari, que estava acompanhado de sua esposa, a professora Judite.

- Ângela? Como vai, algum problema? – o prefeito parecia constrangido e tentava disfarçar o nervosismo.
- Bom, senhor prefeito, tenho alguns assuntos da Secretaria da Educação que gostaria de conversar com o senhor, mas se esta ocupado, volto depois!
- Não – intervém dona Judite – já estava de saída professora Ângela, tenho meus alunos esperando.
As duas senhoras se despedem. Antony acompanha Judite até a porta do gabinete, e fica esperando até que ela sai do prédio da prefetura. Quando ela sai, ele volta para a sala, e interfona para a recepcionista do gabinete:
- Dona Elizabeth, já são 16 horas, e vou demorar um pouco com uns assuntos da Secretaria da Educação, e a senhora pode folgar hoje à tarde. Não quero ser incomodado hoje.
- Você é maluco, Antony! A prefeitura está cheia de gente...

Antony não espera Ângela terminar de falar. Atira-se sobre ela, roubando-lhe um demorado beijo, e ambos se entregam ao prazer ali mesmo, no chão do gabinete da prefeitura.



A professora Judite desde que começou a lecionar, sempre preferiu dar suas aluas no pátio da faculdade, por achar que a natureza sempre inspira. Estava agora, terminada a aula, lembrando-se de sua paquera com o noviço Francisco, à mais de 20 anos, e de seus problemas com o marido, enquanto tocava sua flauta, coisa que fazia todos os dias, quando é surpreendida:

- Você é feliz com ele?

Francisco Maia estava a algum tempo olhando Judite e lembrando do primeiro encontro dos dois.

- Há quanto tempo esta ai Francisco?
- Tempo bastante para lembrar a primeira vez que te ouvi tocar. Mas não é esta a resposta da pergunta que lhe fiz. Você está feliz com ele?
- Porque você pergunta isto. Claro que sou feliz. Trabalho no que gosto, tenho meu marido, amigos. Claro que sou feliz.
- Não minta para você mesma Judite. Porque então você nunca mais tocou como antes. Você é uma ótima flautista, mas somente na técnica. Você não transmite mais amor em suas musicas!
- Se não transmito mais amor em minhas musicas, é porque há mais de vinte anos vivo com uma pessoa que não me ama Francisco, assim como você também não.
- Então por que você ainda vive com ele? Por que você se casou com ele Judite?
- Porque você escolheu primeiro, Francisco. Você me trocou pela Ângela, Francisco!
- Não, eu somente tinha lhe pedido um tempo, pois estava confuso com minha vocação. Tudo que eu tinha na vida era o convento. E você não me esperou. Você saia com o Antony enquanto eu me penitenciava, porque tinha trocado a vida religiosa para ficar com você. Ângela que em ajudou, me amparou, me deu carinho. Você me deixou Judite. Somente quando perdi você é que fiquei com Ângela.
- Você nunca me perdeu Francisco. Sempre te amei.
- Então por que?

Judite foge de Francisco chorando, e a esperança de ter novamente sua amada volta a se ascender no peito de Francisco.

(atenção leitores, mandem seus comentário
e-mail: iubilaeum@globo.com E ACOMPANHEM A SAGA COMPLETA, TEREMOS MUITAS SURPRESAS DURANTE O DESENVOLVER DA HISTÓRIA))

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