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Cartas-->Ó mar -- 26/02/2003 - 14:45 (Vanda & Quim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ó Mar ! Ó Mar!!!
Tu que és tão vasto
Tu que és tão meigo e doce
E ao mesmo tempo bravo e cruel.
Diz-me tu ó Mar!
Tu que és mais velho
Que a humanidade
Que és mesmo o pai físico
da humanidade segundo os cientistas.
Diz-me tu ó Mar!
Tu que adquiriste
A memória de toda a existência
Do nosso planeta.
Tu que acarinhaste e salvaste tantos seres
Tu que condenaste e executaste tantos outros
Diz-me tu ó Mar!
Tu que cobres 2 terços de superfície terrestre
E que estás a toda a hora, minuto, e segundo
Com os olhos postos no cosmos
Atento a todas as modificações que nele se operam
Desde o desaparecimento de uma estrela,
Ao aparecimento de outra
A passagem de um cometa
Ou de uma nave alienígena.
Por mais nuvens que existam
Te tentando tapar a vista,
Existe sempre algum ponto em aberto
Permitindo-te não perder pitada
De tudo o que se passa.
Diz-me tu ó Mar!
Tu que banhas docemente a praia
Acaricias e unes os casais,
convidando-os mesmo a repartir contigo
E em ti
A chama de Amor que os envolve,
Ás vezes só paixão.
Mas tu limitas-te a embala-los docemente.
Eu próprio já um dia passei por essa
Experiência maravilhosa.
Embora nessa altura o meu coração
Só estava aberto para a sereia que me acompanhava,
Quase não percebendo as tuas doces caricias.
Apenas centrado nela, e até porque não admiti-lo
Centrado nela, até ao mais profundo do seu ser,
Mas apenas percebendo a parte mais superficial,
Mais primitiva.
Mas apesar de tudo, que lindas recordações nós
Guardamos em conjunto na nossa memória.
Diz-me tu ó Mar!
Tu que já percebeste que para a subida espiritual
É necessário ultrapassar muitos obstáculos,
Muita dor, muita tristeza,
Alegria e certeza.
Muitos estados bons
E outros aparentemente não tão bons.
Mas a verdade que eu já percebo,
É que sem esses menos bons
Os bons não existiam.
Sem esses menos bons
Não se conseguia abrir os olhos do interior.
E começar a perceber e a aceitar
O que antes era esquisito
Libertando assim toneladas de energia desgastante
Que nos prende e consome as entranhas
Não nos deixando progredir
O caminho em busca da liberdade.
Em busca do elo de ligação
Que nos dá a libertação.
É difícil perceber á primeira vista
Como é possível uma união
Nos trazer a liberdade,
Mas é assim mesmo a vida
A união sem correntes,
A união em plena Alma
Só ela nos leva á liberdade tão desejada.
Diz-me tu ó Mar!
Se é ou não como eu escrevi?
Tu que já carregaste em teus ombros
Nosso mestre Irmão Jesus,
Tu que de certeza banhaste nosso Irmão Buda,
Tu que abriste a avenida para Moisés passar com seu povo.
Assim como de certeza conheceste e acariciaste
Tantos outros Irmãos mais velhos
Que um dia aqui desceram
Suportando o aperto da alta densidade,
Mas sempre carregando a esperança
Da libertação da humanidade.
Diz-me tu ó Mar!
Que tipo de oração devo rezar,
Que tipo de sacrificio devo passar
Que tipo de prova devo dar.
Para que esta dor que sinto cá dentro
Se possa curar.
Diz-me tu ó Mar!
O que fazer para se reparar
Os 34 anos de vida de dor e sofrimento
Devido á amnésia em que vivia.
Que até me levaram a afastar
A sereia que tu conheces.
E que hoje me faz chorar,
Pois hoje estou a despertar
Para Deus e para a vida
Mas ainda não consegui aceitar
O facto de para eu descobrir
Esta nova forma de sentir
Da minha sereia Ter de me separar,
Mesmo sendo só temporariamente
Pois ao descobrir Deus no meu interior
Descobri uma pequena grande chama
Que tem tudo para ao mundo dar,
Mas que pela sua metade reclama.
Em paz é verdade, graças á ajuda de Deus,
Mas numa mágoa de solidão
Temporal á espera da sua metade
Que sempre com ela esteve é verdade,
Mas nunca percebeu exactamente qual a dimensão
Desse Amor puro e verdadeiro
Um dia abençoado por Deus.
E é verdade que tudo o que Deus abençoa
Jamais terá retorno.
É por isso que eu não percebo esta mágoa,
Pois estando eu já certo dessa verdade,
E tendo percebido que como o nosso
Relacionamento estava não conseguíamos atingir
O objectivo de Deus.
Não percebo porque é que
Com esta intervenção de Deus
Para salvar o nosso futuro,
Eu ainda continuo com esta mágoa interior
E por vezes ainda começo a sentir medos do passado.
Quase parece que apesar de todos nós procurar-mos evoluir,
Ainda assim temos dificuldade de mudar de estado
Quando uma nova vida nos começa a sorrir.
Diz-me tu ó Mar!
Que conheces a mente da humanidade
E toda a criação
Porque teimo eu agora que começo a despertar
A viver ainda na aflição
De outro tempo e de outro pensar
Agora que jamais estarei só
Pois meu Deus interno redescobri
Devia só nele pensar
Pois é ele que me vai fazer feliz
E essa felicidade ele vai perguntar
Dentro e fora do meu SER
Pela terra e pelo Mar
Nas estrelas se necessário
Para que eu viva em paz Amor e harmonia.
Trazendo a mim ou afastando
Todos os seres que para isso contribuam
Para que um dia
Eu e ela nos inundando
De um Amor lindo e gigantesco
Possa-mos reparti-lo
Por toda a humanidade
Expandindo a nossa chama
Numa expansão sem igual
Que percorre todo o cosmos
Numa vibração harmoniosa
Mostrando para todos os povos
Mais uma benção de Deus
Que atingiu o seu máximo expoente
Finalizando uma árdua caminhada
Mas no fim compensada
Por esse sentimento sem igual
O Amor dos filhos no Pai
Numa fusão perfeita
De paz Amor e harmonia
Transformando a noite para sempre em dia.
Diz-me tu ó Mar!!!

Quim
14:00 10-04-2001
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