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| Cordel-->Os fortes e os pequeninos -- 18/10/2001 - 15:50 (Ayra on) |
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É desde menino
Se me lembro bem
Que vejo o forte
Contra o pequeno, porém
Um dia o pequenino
De tanto levar pancada
Levanta-se contra o forte
E parte pra empreitada.
Peita ele, xinga e dá no pé,
Depois vai na valentia.
E pequena porcaria
Se transforma em pontapé.
Prova então do que eu digo
São os tais dos terroristas
Que sofreram reprimidos
Pelos tais capitalistas.
Mas não foi só desses outros
Que os tais foram lutar.
Passaram bem uns dez anos
Defendendo o seu lugar.
Contra a U.R.S.S
Lutaram até a expulsa.
Vitoria não se merece,
Pode ser somente avulsa.
Os fracos se tornam fracos
Os fortes são o que são
Mas um dia chega a IRA
Desse tal povo afegão.
E esses tais tomam carona
No pavão do capital.
Vão voando até de fronte
Ao prédio monumental.
- Aí é só tristeza!
Diz o grande a chorar.
Levou pedra na cabeça
A dor te faz pensar.
Mas me lembro de menino.
Quando era o dia de brigar
Dava um frio bem de fino
Na espinhela lombar.
Quem batia ganhava
Alguns roxos e o respeito.
Quem apanhava era alvo
De piadas e preconceitos.
Mas dois dias se passavam
E lá estavam os dois de "bem".
Um dia vi um brigando,
Defendendo quem brigou ontem.
Pena a guerra ser de adultos.
Todos de armas nas mãos
Pois se fosse de meninos
Findaríamos com união.
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