Usina de Letras
Usina de Letras
99 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62296 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10392)

Erótico (13574)

Frases (50682)

Humor (20041)

Infantil (5461)

Infanto Juvenil (4783)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140825)

Redação (3310)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6212)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->No vão do pescoço -- 10/09/2003 - 15:38 (Paulo Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O sangue elástico banhava quase todo o asfalto ao seu redor, afastando do corpo os curiosos da morte que evitavam sujar os solados de verme1lho escuro. O cadáver retorcido pela agonia anterior a morte, repousava tordo sobre a poça de sangue. Um pedaço de carne mole e largo. Tristemente largado, como se nunca houvera vivido. Ninguém chorava.
Aproximei-me dos curiosos que cercavam o morto. Admirei-me com a quantidade de sangue. Olhei o cadáver e os rostos resignados que o mirravam:
-- Foi tiro. Perguntei ao mais próximo.
Fez um não com a cabeça:
-- facada. Respondeu.
Depois de uma longa pausa, completou sem tirar os olhos do cadáver:
-- No vão do pescoço.
Balancei a cabeça afirmativamente, como se entendesse. Caminhei ate um bar próximo. Pedi uma cerveja e acendi um cigarro. Traguei-o, como se me desse vida. Joguei-o no chão e pisei com força como se o matasse.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui