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Cordel-->Mistério! Quem matou fêfêu e fred -- 07/02/2006 - 20:30 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mistério! Quem matou fêfêu e fred?
Por Airam Ribeiro
05/02/06

(setilha)
Na rua onde eu moro
Mora também uma senhora
Que gosta de criar gatos
Animais que ela adora,
Até lhes botam nomes
Só que os deixam com fome.
É o que vos relato agora.

Os vizinhos coitados!
Não acham isso normal
Os gatos andam invadindo
E cagando no quintal,
Às vezes no corredor
Que caatinga, que fedor!
Tem as bostas do animal.

Tem também nessa rua
E que gosta de criar
O morador Cangussú
Que criam pra ver cantar,
Mas sua gaiola certo dia
Apareceu bem vazia
Os pássaros não estavam lá.

Desse dia em diante
Começou aparecer
Gatos mortos na rua
Que danavam a feder,
Maria até bronqueava
E até praga jogava
Dessas brabas de doer.

No meio dos gatos tinha
Um que não era meu
Um gato muito bonito
Que atendia por fefeu,
Durante a noite e o dia
Só escutava Maria
A chamar pelo gato seu.

Com a voz muito mansa
Chamava, fêfêu, fêfêu!
Venha aqui meu gatinho
Onde você se escondeu?
Certo dia meu irmão!
Os seus gritos foram em vão
Pois fefeu não apareceu.

Naquele dia de manhã
Quando fui acordar
Abri o meu portão
E vi na hora H,
O visinho botando o gato
Morto dentro do saco
Que eu fiquei a olhar.

Ele descendo a ladeira
Com o saco com o gato dentro
Porém ele não me viu
Pois escondi no momento,
Ele pensa que eu não vi
Não sou fofoqueiro e daí!
Na história é que comento.

O criador de pássaros
Às vezes passava e sorria
A mulher nem desconfiava
Quem fez aquela covardia,
Ele com sua vingança
Não lhe dava esperança
Matava um gato por dia.

Às vezes ele negava
Até falava que era eu
O causador da morte
Do gato de nome fêfêu,
Nunca vi morte assim
Perece que era chumbin
Com carne que ele comeu.

O mesmo vizinho de cima
Um dia argumentou
Que não estava agüentando
De sentir tanto fedor,
Eu até desconfiei
Nunca a ninguém contei
Quem estas mortes causou.

Nas noites de lua cheia
É uma latumia danada,
Das gatas que está no cio
Miando as madrugadas,
Às vezes até dou razão
Quem mata essa criação
Que caga pelas estradas.

Um dia o meu vizinho
Jogou água no gato nino
E pelo andar da carruagem
Estou até pressentindo.
Se perturbar é seu defeito
Acho que não teve outro jeito
De a morte ser seu destino.

O gato Fred foi outro
Que perturbou demais
Cagou, mijou e sujou...
Quase todos os quintais.
Seu fôlego de sete gatos
Com isso virou boato
Cagar aqui não vem mais.

Eu pra não matar gatos
Passei logo a criar
Um cachorrinho pequeno
Só pra poder afastar,
Quando está no escuro
Eles vão pelos muros
Só em ver pingo rosnar.

Pingo é o meu cachorro
Um pequeno animal,
Muito querido na rua
É quem manda quintal,
Quando os gatos de Maria
Aparece a qualquer dia
Com pingo eles passam mal.

Aqui pra vocês eu falo
É um segredo pra xuxú,
Penso que quem os matou
Foi um tal de cangussú,
Que com a raiva fatal
Matou aquele animal
Pra ser comida de urubu.

Ele tinha um conchavo
Com meu vizinho da hora
Cangussú matava os gatos
O vizinho jogava fora,
Ele quando vê um gato
A morte vem como fato
Pra horror daquela senhora.

Mas ainda tenho dúvida
Neste fato verdadeiro
Pois também na mesma rua
Tem Mulinha o pedreiro,
Que falava desses gatos
Isso aí não é boato
Pois é fato corriqueiro.

Sempre dizia pra mim
Que os gatos lhe perturbavam
Que subia no telhado
E suas telhas quebravam,
Até a carne sumia
No lugar onde escondia
Porque eles farejavam.

Outro dia num bate papo
Com o amigo Zé Bandinha
Ele a mim desabafou
Juntamente com Sizinha,
Que em seu forro apareceu
Uma gata que escondeu
E pariu quatro gatinhas.

Aí me falou o Zé
Que não ia agüentar
Das caatingas que os gatos
Deixam logo ao cagar,
E pelo jeito que falou
Parece que até programou
A hora de os gatos matar.

Aí pensei, danou-se!
A lista ta aumentando
Agora já tem o Zé
De quem já tô suspeitando,
Nessa mesma ocasião
Sei que a investigação
Parece que ta esquentando.

Será se é conchavo
Deles pra me atrapalhar!
O Cangussú e o vizinho
Não querem se incriminar,
O pedreiro é irmão de Sizinha
Que é mulher de Zé Bandinha
É mais mistério no ar!

Zé Bandinha ta na dança
Vai ser duro pra xuxú
Descobrir quem é o matador
Que ta dando um mandú,
Mas vou apurar os fatos
Meu vizinho é um dos quatro
Com o pedreiro e o Cangussú.

Descobrir o matador
Dos gatos da minha rua
Isso é para detetive
É a verdade nua e crua
É um caso de polícia
Tem que ter muita malícia
Pra descobrir a falcatrua.

Enquanto não descobre
E pra não culpar ninguém
Eu vou acordar mais cedo
Não vou contar pra ninguém
Espero que fique aqui
Mas ainda vou descobrir
Esse mistério em Itanhem.

Em mim ninguém mete a língua
Porque dessa culpa não morro,
Ainda mais que meu quintal
Tem o pingo meu cachorro
Sou teimoso vou descobrir
Muita coisa ta por vir
Pois dessa luta não corro.

A noite ouço vozes
Não é pressagio meu,
Atormenta-me a noite toda
Téia nunca percebeu;
Uma voz cheia de agonia
Parecendo a de Maria
Chamando por seu fêfêu.

Fêfêu, fêfêu, fêfêu
Onde você se escondeu?
Fred, venha fredinho
Onde ta você meu gatinho?
Nino, nino, ou nino
Cadê você menino?

Ela vai enlouquecer
De tanto os procurar
Mas aviso para os quatros
Que a teima dela é de daná.
Com essa pirraça sua
Vêm mais gatos para a rua
Pra eles mandarem matar.

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