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Poesias-->Projeto JOGÔCRIÔ -- 03/05/2004 - 16:10 (Ricardo França de Gusmão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A VOZ DA SERRA - Caderno Ligth - página 2 - Edição 1º a 3 de maio de 2004



Movimento Literário Poético JogôCriô

Diretamente de Friburgo para outros cantos



Por Ana Borges



O JogôCriô, movimento literário poético que inova o conceito de criação da poesia, nasceu no 1º Poetisá - Festival de Poesia (Nova Friburgo), em novembro de 2003. O evento foi organizado pelo supervisor de operações do Núcleo Prático de Comunicação Social (Estácio de Sá), professor Ricardo França, e a ONG cultural friburguense Urânia Criações. No mesmo ano integrou o III PoêTerê - Festival de Poesia (Teresópolis).

Recentemente (1º de abril), o jogo fez parte do Projeto Pau-a-Pique Parabólico, na Fundição Progresso (RJ). E em 15 de maio, das 10h às 17h, o JogôCriô e os poetas Flávio Nascimento e Ricardo França estarão participando do II Fest Poe - Festival Sesc Madureira de Poesia com homenagens especiais aos poetas Vinícius de Moraes e Mano Melo. Apenas para ilustrar o interesse que o jogo desperta nas pessoas, no 2º Poeterê, realizado em 2002, prestigiados escritores como Luís Fernando Veríssimo e João Ubaldo Ribeiro participaram e se divertiram com o JogôCriô.

Centralizado no eixo Teresópolis-Friburgo por artistas locais, estudantes de Comunicação Social (NF) e pelos integrantes da Urânia Criações, a experiência da poesia interativa, coletiva ou individual, é o cerne do evento. Segundo Ricardo, a criação é feita a partir do jogo e a brincadeira possibilita a inspiração e cede as ferramentas para a livre participação dos poetas e do público.

O poeta friburguense Flávio Nascimento concebeu o poema-jogo há cerca de 20 anos atrás. Por ocasião do 1º Poetisá formularam-se diversos jogos baseados na idéia original do poeta. “Criamos a amarelinha poética, um jogo de futebol - o gol de Dadá, jogo de dados e de dardos, a partir dos quais são criadas poesias surrealistas, dadaístas, românticas, existencialistas. A nova linguagem poética é baseada na estruturação/formatação do processo criativo. O fazer poético é democratizado e reconstruído a partir do momento em que o poeta deixa de ser o protagonista de um trabalho artístico para tornar-se um ‘engenheiro’, que assinará a criação do poema-jogo. É uma atividade lúdica, aberta para adultos e crianças também”, revelou Ricardo.





O que é o JogôCriô





Concebido na década de 80 pelo poeta Flávio Nascimento, o poema-jogo é a ferramenta de criação que o público utiliza para construir peças poéticas, através de uma ação aparentemente caótica, porém, organizada previamente, a partir de um processo pedagógico. Dessa forma, a linguagem torna-se universal, elaborada a partir de um mesmo mecanismo/processo.

O público-visitante-jogador torna-se ativo na construção literária. Sai o conceito padrão público-platéia e entra o público-protagonista. A integração ocorre de forma agradável estimulada pela competição e pelo desafio da criação formulado pelo poeta-engenheiro. O poeta deixa de ser o dono exclusivo dos meios de produção.

Nessa experiência acontecem três momentos do processo criativo do poema: a criação do jogo pelo poeta ou por um grupo de poetas.; a relação lúdica do público com o jogo (quando se estabelece a parceria entre o público e o evento).; e, finalmente, o poema como resultado de uma peça elaborada, individual ou coletivamente, exposta em praça pública. Surge, então, o poema manufaturado. O processo criativo é “empacotado” como um jogo em uma caixa de papelão. Ganha um caráter industrializado com todos os elementos necessários, como embalagem, regras, peças, tabuleiro e outros apetrechos.

A experiência do poema-jogo absorve e é influenciada pelos diversos movimentos literários, tais como: modernismo, concretismo, cubismo, dadaísmo, poesia-praxis, poema-processo, surrealismo, pós-modernismo e arte conceitual como instalações poéticas e performances.





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