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cronicas-->Especial, como o vinho -- 20/02/2003 - 14:19 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Havia vinho e polenta na mesa. Foi ela quem fez. Encomenda especial para receber o ilustre conhecido que lhe desconhecia com prenda de mesa. Na cama já haviam saboreado mutuamente os corpos.
Tremia um pouco. Pensava que na primeira vez em que estiveram juntos apenas um copo de vinho e algumas músicas teriam sido suficientes para desencadear um breve romance. Foi interrompido por estudos, atividades profissionais que se sobrepõe aos limitados desejos humanos.
Isto a tornava ainda mais crítica em relação ao sistema capitalista. Deixaram de ser ver por precisarem manter ou buscar algum tipo de status. Que seria da humanidade se todos tivessem que agir assim?
Depois de meses um telefonema amistoso e uma nova oportunidade de estarem juntos novamente.
Foi combinado que excluiriam do jantar comentários sobre Althusser, Marx e outros chatos que escreveram demais.
A música selecionada incluía Beatles, Credence, Queen, um pouco de baianos e Milton Nascimento.
Lembrava ainda do velho vinil com a música de Caetano. Linda, assim era tratada nos breves momentos.
Olhou no espelho novamente as roupas pretas. Caprichou novamente no batom.
Conferiu o horário esperando que os minutos fossem transformados em nada para ver logo seu amado amante ocasional. Maldita sazonalidade de sentimentos que causavam tormento e aflição.
Ouviu o barulho de automóveis que invadiam a noite com buzinas num engarrafamento próximo.
Poderia ser um deles. Pelo acerto, faltavam quinze minutos para o encontro.
A campainha tocou, quebrando a sequência de pensamentos ansiosos. Um sorriso nervoso correu seus lábios e uma última conferida no espelho lhe deu confiança.
Uma decepção do outro lado da porta. Antes e fora do tempo marcado, sua mães e duas tias do interior que não surgiam no seu caminho há mais de três anos chegaram com bagagem e muita saudade.
A porta ainda estava aberta para descarregarem as malas sobre o tapete da sala quando o amado sazonal estava chegando. Foi o tempo de descer do elevador e arranjar uma saída estratégica.
Uma das tias ainda perguntou para que usar roupas pretas transparentes. Recomendou que buscasse algo para evitar um resfriado.
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