Há dez mil anos atrás, lá longe no passado distante à redundància surge e Raulzito também.
Viver um mesmo dia. Pior um mesmo momento.
Madalena passava os mesmos infinitos minutos caindo com os joelhos no chão.
Já não importava mais o motivo do tombo. Aquilo doía e ela sentia na carne de seus joelhos.
Na repetição dos movimentos até o chão, Madalena pesava as desgraças que havia comprado para tentar livrar uma espécie inútil e fraca do seu próprio canibalismo. Recordava da vida não digna de uma puta limpa, dos amores que teve que arrematar para que as tardes fossem mais doces.
Madalena sentia raiva, sentia seu lado humano estraçalhar qualquer ensinamento sábio já adquirido nas terras elevadas e profanava.
_ Quando Tu cegares meus olhos, gargalharei da Tua cara, cuspirei no Teu rosto e Tu Ser sublime ainda Terás piedade e compaixão. Mas saiba que eu fútil, inútil e humano levarei rancores de Ti e de todos teus.
E uma onda de gliter, purpurina, nu artístico - putaria mesmo - e sons computadorizados, tomaram conta dos textos e da massa cinzenta e não mais pensante dos escritores. Os que resistiram aos raios multicores-garrafais, caminharam para terras distantes e nunca mais foram vistos. Os afetados começaram a produzir textos e mais textos sem grandes conteúdos e perderam a capacidade de ler outros autores - doença: Olhinis - Umbicoides ou só olho para o meu umbigo.
Depois de seus dizeres, Madalena foi arremessada para um tempo ainda não sabido. O único possível ser que poderia revelar o paradeiro de Mada era descaradamente pirateado no Centro de São Paulo e vendido por R$ 3,00 - Três Reais.
Um dizer interessante que aquela bolacha prateada que continha uma voz gritante dizia era: "Eu nasci há dez mil anos atrás/ e não tem nada neste mundo que eu não saiba demais..."
E viva Raulzito!
Eita que chega o carnaval.
E Bush(chem) será alguma modelo nova?
Holla, Holla que Saddan dança a conga.
