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Cartas-->Feliz aniversário -- 04/03/2003 - 17:45 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Feliz aniversário
Terça-feira, 20 de novembro:
— Hoje ele está ficando mais vé - lhô!
— O papai está ficando vovô!
— Como? Não estou sabendo. Quem engravidou quem? E a camisinha?
(Risos...)
É isso: pai aproveita todas as deixas. Nem no dia do aniversário perde a mania de querer ensinar os filhos.
— Hoje está estressante. Alguém aí, atenda o telefone.
— É para você, do Banco do Brasil!
— Aqui fala o gerente de sua conta. O nosso cadastro aponta que hoje é seu aniversário natalício. Aproveitamos a oportunidade para desejar-lhe muitos anos de vida e dizer-lhe também que estamos aqui, à sua disposição.
— Obrigado. Sinto-me lisonjeado pelo telefonema. Muito obrigado. Obrigado mesmo!
“O dia me reserva surpresas”. Sobre a mesa vejo dois envelopes. O primeiro que pego é um cartão e o remetente é uma agência de carros novos. O cartão é personalizado. Prezado Guimarães: Neste dia a nossa empresa congratula contigo por mais uma primavera colhida com sucesso. O cartão tem como plano de fundo os últimos modelos de carro do corrente ano. O segundo é um exame de laboratório, desses que a gente tem medo do resultado, porque tem-se medo do desconhecido. Abro antes do médico na maior cara dura, assim como abre a maioria dos pacientes. Fico deveras contente pelo presente que, nesta data, Deus me deu.
Mais uma chamada telefônica. Desta vez atendo. Todo brincalhão, o André diz que ligou para confirmar o horário do peixe. Ele aprecia o peixe que faço. André é corretor de seguros.
Mais tarde, no trabalho, recebo a visita do Flávio. Disse que, de passagem pela repartição, lembrou-se do meu aniversário e que, portanto, aproveitava a oportunidade para dar-me os parabéns. Lindalva serve a torta. Mauro liga. Ele e eu fizemos parte da mesma biboca.
O dia do meu aniversário foi assim. Recebi cartão do dentista, do advogado, do médico, do contador, do laboratório, da ótica etc, etc. Mudei eu ou mudaram eles?
Pelo que me consta e consta para o imposto de renda, pouca coisa acrescentei no meu patrimônio. Não tenho dinheiro para diversificar carteiras de investimentos, não tenho tendência para consumismo de carro, pago escola por obrigação, vou ao dentista amarrado, ao médico quando um órgão reclama, faço seguro por pressão e o meu voto é por convicção. Se bem que, devo confessar: quem me visitou é um vereador que prezo-lhe consideração.
Concluo que mudei eu, mudaram eles e mudou o mundo. Se bem me lembro, houve época que existia dinheiro, mas não existiam carros, raros eram os clientes preferenciais do Banco do Brasil, vereador depois de eleito não queria mais saber do eleitor e poucos eram os escolhidos para fazer parte da ordem. Houve época em que as igrejas eram construídas por arquitetos que não dispensavam esquadro e compasso. Para ser bispo, antes tinha que ser padre. Época em que não existia televisão, apenas rádio, que casa dos artistas era asilo da classe desamparada, que não existia garotas de programas, apenas prostitutas, que não maconhava, fumava, que não existia cocaína para cheirar, mas cheirava-se rapé...
Engraçado! Não faz muito tem, houve época, que eu, então com apenas 20 anos, levava um pasta abarrotada de dinheiro do Banco Mercantil de São Paulo, que ficava na Machado de Assis, para depositar no Banco do Brasil, que fica na Afonso Pena. Pois é! Houve época em que trabalhei, aqui, cá, acolá, que estudei na UFU, mas que não lia Cony
Hoje leio Cony. Inclusive, hoje, ele retornou das férias, de barco cortando a pele da lagoa. Diz que prefere os que têm a cor dos violinos. Gosto de barcos também. A cor, a mim, pouco importa. À vela e os remos, sim. Um barco sem remo pode te deixar à deriva.

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