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cronicas-->Fumar ou não? Eis um pulmão. -- 25/02/2003 - 18:27 (Tiago Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fumar ou não? Eis um pulmão.

O ato de acender um cigarro, cachimbo ou charuto e vangloriar-se com suas baforadas já teve seu tempo de charme e elegància. Acender o cigarro de uma dama teve sua época de cavalheirismo, ato realizado por um verdadeiro "gentleman". Essa elegància tabaquista teve seu auge nos anos 70, mas é proveniente dos anos 20.
Porém, aos poucos foi-se descobrindo que o prazer de fumar era um vício que trazia males a saúde - pulmão, coração, circulação - com consequências mortais. Sendo assim, o combate ao vício acabou se tornando uma postura politicamente correta. O problema é que quem acaba sendo atacado nas campanhas contra o fumo não é a causa de todo o problema e sim, sua consequência. O tabaquista é atacado nestas campanhas, quando se esquecem que o causador do problema é o cigarro. Esta sutil mudança no comportamento iniciou nos anos 80, nos Estados Unidos, e se intensificou com o fim da guerra fria e a queda do muro de Berlim. Depois deste período, os americanos puderam desfrutar de baixos níveis de desemprego e as questões sociais internas estavam amenas.
Em outras palavras, os Estados Unidos se tornou um país rico e que não tinha o que fazer: dinheiro e ociosidade conjugados, aparecem os mais variados temas de "preocupação nacional". Por que é que os americanos tem costume de ter uma "linguagem politicamente correta"? Negros são "afro-americanos", cegos são "não-videntes" e outros eufemismo que se tornaram o ápice dos temas polêmicos. Na Suíça, a ovalação dos queijos tipo Ementhal foi um tema com audiência elevadíssima.
O fumante, que no geral é uma classe ordeira, trabalhadora, geradora de riquezas e empregos e pagadora de impostos, começou a ser inserido nestes grandes debates públicos, sendo encarado como desajustado social ou como uma criança que, depois de desobedecer os pais, deveria receber severas punições. O hábito socialmente incorreto agora é o fumo e, uma vez escolhido o tema, a polêmica das baforadas passa a ser pretexto para , que se defenda a lei e a ordem, impetrar ações bilionárias contra fabricantes, sob argumento de sonegamento de informações e manipulação das substancias tóxicas para aumento do consumo.
O interessante em toda esta histeria americana contra o fumo, cuja gritaria pode ser ouvida em todo mundo, se contradiz com seus números de produção e exportação de tabaco. Os EUA são um dos principais produtores e exportadores do planeta. Um não fumante que vende cigarros.
Essa guerra entre fumantes e não fumantes é desnecessária, pois quem fuma sente no corpo os malefícios do cigarro, procurando se aliar aos não fumantes para que o número de consumo de tabaco não aumente. Campanhas que atacam os apreciadores do fumo invés do cigarro são, em sua totalidade, transgressoras. Ilustres e produtivos tabaquistas podem ser citados, como o compositor Heitor Villa-Lobos e o primeiro ministro britànico Winston Churchill.
Para que não possa mais haver uma discriminação, um consenso deveria ser procurado entre os envolvidos, mesmo que um deles ostente um belo cigarro.

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