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Poesias-->O criador e as criaturas -- 30/05/2004 - 15:43 (Ricardo França de Gusmão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Criador e as Criaturas

Por Fernando Torres

Colaboração: Fernanda Aires





“Estamos fazendo história”, disse Ferreira Gullar, no encerramento do 1º PoÊtisÁ – Festival de Poesia em Nova Friburgo, em novembro do ano passado, enquanto o idealizador do evento, Ricardo França, era levado por uma emoção semelhante a de um pai que vê seu filho crescido. Mas tanto este jornalista quanto esse poeta sabiam que aquela ocasião tratava-se de um acontecimento maior que o alcance da maturidade. Era o registro de um nascimento.



Além de Ferreira Gullar, testemunha do sucesso de PoÊterÊ e PoÊtisÁ – ele foi patrono dos dois eventos, em 2000 e em 2003 – alguns dos mais importantes ícones da literatura brasileira já participaram dos festivais que integram o circuito Teresópolis-Friburgo de poesia. No PoÊterÊ – Festival de Poesia do Núcleo Cultural FESO/Pró Arte (Teresópolis), João Ubaldo Ribeiro (Patrono 2002), Luís Fernando Veríssimo (Patrono 2003), Zuenir Ventura, Gilberto Mendonça Telles (Personalidade Poética 2003), Carlos Vereza (performances em 2000 e 2002), e o cineasta Sílvio Tendler (2003) abraçaram o trabalho dos poetas da região e divertiram-se com os poemas-jogos. “Nunca vi nada igual ao PoÊterÊ. É fantástico criar um evento inteiro em torno da poesia. Mobilizar as pessoas e cidades em torno da arte durante tantas horas seguidas é tão fora do comum que fiz questão de participar”, declarou, surpreso, Veríssimo.

Da organização à execução, os eventos da marca PoÊ prezam pela qualidade, criatividade e pela renovação da linguagem. “Iniciativas como o PoÊterÊ e o PoÊtisÁ não acontecem por acaso. Elas expressam o espírito das cidades que representam”, afirma Ferreira, além de louvar a importância da participação das comunidades nos festivais de poesia. “São festas da cultura nacional. No mundo em que vivemos, o desenvolvimento tecnológico sufoca algumas manifestações populares. Neste contexto, a poesia é uma necessidade das pessoas que procuram algo mais profundo e verdadeiro. É uma experiência mais autêntica. É assim que as coisas acontecem. Seja qual for a proporção, eventos como esses nos dão mais força para propagar a poesia pelo mundo”, declara Gullar.

O conceito PoÊ trabalha com personagens que se identificam com a cultura das cidades onde os eventos são realizados. Eles vivenciam, em suas histórias, situações que valorizam a arte e os costumes locais. A geografia, o modo de vida, o meio ambiente, a natureza, fazem parte dos enredos. Em Teresópolis, o índio incorporou a Pedra do Sino. Em Friburgo, PoÊtisÁ foi criado a partir da Pedra do Cão Sentado, ponto turístico e orgulho da cidade.

PoÊterê e PoÊtisÁ têm hinos que contam a filosofia dos eventos. Nas letras são incorporadas, a exemplo das personagens, características das cidades. O hino do PoÊterÊ foi o rebento de uma parceria entre França e o teatrólogo Ronaldo Florentino (vencedor do prêmio Mambembe). O hino do PoÊtisÁ virou um samba de enredo da melhor qualidade, com uma cadência que justifica a competência de Rogério Sanche. Compositor da fina flor da raiz carnavalesca, Sanche já foi diversas vezes campeão na disputa dos sambas de enredo das escolas friburguenses Gres Saudade, Gres Acadêmicos do Prado, Gres Village do Samba e bloco Raio de Luar. Encarou o desafio, a convite de França, e musicou o indigesto verso “desmetrificado no ar”, tirando leite de pedra, literalmente. O hino é o braço musical dos dois eventos e é executado na abertura e no final dos mesmos.

Além de promover a arte e a poesia através de uma estética que foge ao lugar comum dos eventos desse tipo, PoÊterÊ e PoÊtisÁ lançaram os jogos-poéticos ou o poema-jogo. A técnica, que democratiza o processo criativo, foi inspirada na experiência do poeta Flávio Nascimento, que criou, nos anos 70, o bingo e o baralho poéticos, ferramentas de criação que as pessoas utilizam para construir peças poéticas.

A semente de Flávio germinou e, regada pelo empenho de outros personagens desta bela história, cresceu a ponto de se tornar um movimento poético-literário: o JogôCriô. Um sistema caótico de frases e palavras previamente organizado por um processo pedagógico. Esta é a base de um poema-jogo. A criação da poesia é feita a partir do jogo. A brincadeira possibilita a inspiração e cede as ferramentas para a livre participação dos poetas e do público. O JogôCriô prega uma experiência de poesia interativa, coletiva ou individual, fundamentada no fazer poético democratizado e reconstruído pelo poeta, que deixa de ser o protagonista de um trabalho artístico para tornar-se um engenheiro que assina a criação do poema-jogo.

Para Flávio Nascimento, alicerce humano do JogôCriô, diversão e crítica social caminham ao lado da poesia. Ele é músico, ator, poeta e artesão, transformando-se, naturalmente, em símbolo de eventos como os poês de Friburgo e Teresópolis. “Procuro contribuir com o lado educativo e, para tanto, utilizo recursos variados. No caso dos jogos, tive influência do construtivismo russo. Um artista urbano está sempre se adequando às possibilidades de tornar seu trabalho mais interessante e atrativo”, disse Flávio, que leva crianças e adultos a risadas e reflexões com performances, canções e poemas como Tico e Teco, O Fusquinha e Globo e você: nada a ver.

Durante o PoÊtisÁ, em novembro de 2003, integrantes da Associação Profissional dos Poetas no Rio de Janeiro (APPERJ) e da Sociedade Carnavalesca Embaixadores da Folia da Cidade Maravilhosa batizaram o cãozinho PoÊtisÁ, mascote do evento. Após esta cerimônia, regada à misticidade da arruda e à pureza do chafariz da Praça Getúlio Vargas, o integrante da Produtora Urânia Criações, Thiago Mello, lançou o Manifesto JogôCriô, que foi à atmosfera alavancado por balões com gás Hélio. “O poema-jogo se aproxima da música. Assim como há diferenças entre o CD e o show de um músico, participar da poesia junto ao poeta difere da condição de apenas platéia. Nada como ver a poesia acontecer. Todos somos capazes de fazer poesia. O JogôCriô ajuda a despertar o poeta que cada um tem dentro de si”, explica Thiago Mello, estudante de Direito na Universidade Cândido Mendes, criador de diversos jogos.

Além de poesia, JogôCriô e Ferreira Gullar, PoÊterÊ e PoÊtisÁ têm outro ponto em comum. Ricardo França, jornalista e poeta, foi o criador destes dois eventos. “O Ricardo é o pai da criança. Ele idealizou o projeto. Mesmo trabalhando em cidades diferentes, sempre nos unimos pelo bem da poesia”, destaca Michele Bronstein, coordenadora executiva do PoÊterÊ. Se, no caso deste festival, França é o pai e o carnavalesco, em terras friburguenses ele não pode ter outro tratamento. Apoiado pela Universidade Estácio de Sá – Campus Friburgo, personificada por Ulysses Serra (diretor-geral), Bianca Tempone (coordenadora acadêmica) que cedeu o seu Cocker Spaniel, Jack Daione, para representar o PoÊtisÁ, e Jorge Maroun (coordenador do Curso de Jornalismo), Ricardo estimulou uma equipe formada pela Produtora Urânia Criações e por estudantes de Informática, Jornalismo, Publicidade da Estácio (Mídia Impressa, TV Estácio, Rádio Estação e Agência de Publicidade Sapiens) a participar do PoÊtisÁ, desde o projeto até o último aplauso, passando pela criação de vinhetas, identidade visual, tema e enredo, personagem-símbolo, programação, criação do hino, apresentação, cobertura jornalística, documentação e desenho da estatueta, que foi entregue aos homenageados, poetas Flávio Nascimento e Irapuan Guimarães, ao patrono Ferreira Gullar e à estudante vencedora do Concurso Poeta da Primavera.

Júri Popular – Durante o evento, após 291 eleitores, visitantes de todas as idades, votarem na urna eletrônica instalada na Oficina Escola de Artes, a friburguense Luana Aparecida da Rocha, de 12 anos e aluna da Escola Municipal Tiradentes, teve 115 votos e se tornou a Poeta da Primavera. Diversos estudantes de escolas públicas e particulares de Nova Friburgo participaram da eleição. A votação também acontece no PoÊterÊ, em Teresópolis. “A poesia é o fio condutor de diversas artes, como música, dança, artes-plásticas, escultura, mímica, teatro, cinema, fotografia, folclore e carnaval. Trabalhamos com o humor, criamos brincadeiras e bagunçamos com o imaginário coletivo. Não há regras. São 12 horas dedicadas aos talentos artísticos. Escolhemos grandes nomes para sustentar a longevidade do evento, mas nunca esquecemos os poetas das cidades. Porém, devido à resistência de alguns importantes representantes locais em aceitar o novo, investimos na nova geração. É complicado, porque eu venho do Rio de Janeiro, uma cidade cosmopolita. Não me conheciam e acabei por fazer o evento sem pedir a benção de certos nomes do provincianismo local. Isso gerou ciúmes, preconceitos, críticas, constrangimentos pessoais e até ameaças de grupos de trovadores mais ortodoxos e conservadores”, desabafa o polêmico França, que é carioca, botafoguense, taurino de sangue quente e já recebeu diversos prêmios como poeta e jornalista.

Em abril deste ano, com ‘O poema que morreu’, Ricardo França representou o estado do Rio e conquistou o 3º lugar no 1º Concurso Nacional de Poesia para Jornalistas, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.O evento teve apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Academia Brasileira de Letras (ABL). Seu currículo jornalístico possui, entre outras condecorações, o Prêmio Internacional de Reportagem da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), na Categoria Direitos Humanos, com a série de reportagens investigativas Nota 10 em Violência, sobre tráfico de drogas nas escolas do Rio, pelo jornal O Dia. Esta série foi considerada pela SIP a melhor contribuição da imprensa no combate ao narcotráfico. “Procuro desenvolver um olhar profundo sobre aquilo que estou vendo. A mensagem subliminar, representada por pequenas expressões e pelos sentimentos, é o fator a mais que deve ser explorado. Minha tentativa de enxergar o lado mais humano dos acontecimentos e da vida faz o poeta ajudar o jornalista”, afirma França. Atualmente, ele é supervisor de operações do Núcleo Prático de Comunicação da Estácio Friburgo (NUCOM), coordenador de Mídia Impressa, delegado da APPERJ na Região Serrana e diretor cultural dos irreverentes Embaixadores da Folia.

Este ano, PoÊterÊ e PoÊtisÁ voltam para as suas 4ª e 2ª edições, respectivamente. Eles fazem parte do Circuito Poesia em Festa, promovido pela APPERJ, e que tem, ainda, eventos poéticos realizados em Petrópolis, Niterói, Rio de Janeiro e Nova Iguaçú. “O crescimento destes festivais é ótimo para vários setores. Um evento diferente e criativo é uma atração turística. Movimenta o comércio, os hotéis e potencializa o poder das cidades enquanto produtos culturais. A marca PoÊ tem que ser levada a todo o Brasil ”, completa Ricardo.

INFORMATIZAÇÃO - Uma equipe de estudantes do curso de Análise de Sistemas da Estácio - Friburgo, desenvolveu, especialmente para as eleições do Poeta da Primavera, no I PoÊtisÁ, um programa de computador para garantir a lisura do pleito. O projeto foi elaborado pela Empresa Junior. Os criadores do programa foram: Alex Fernandes Junça, Rône Diniz Quintas, Rodrigo Izquierdo da Motta e Raul Mota. Num layout, o eleitor visualizava todos os candidatos em forma de imagens (fotografia, número do candidato, nome, escola, nome do poema). O eleitor optava por digitar o número do candidato ou selecionar com o cursor o seu retrato. Uma vez selecionada a opção, poderia efetuar ou cancelar o voto. A coordenação da eleição na Escola de Artes ficou por conta dos estudantes do mesmo curso, Marcia Leal e Marcos Martins, lotados no Laboratório de Macintosh do NUCOM. Marcos também desenvolveu o site do evento: www.poetisa.cjb.net





Reino encantado da poesia



Em verdade conclusiva, diriam os deuses da poesia: – PoÊtisÁ é surreal, é carnaval, é Neodadá. Antes que badale o sino, tu, índio apaixonado PoÊterÊ, sairás pelas ruas teresopolitanas e mostrarás seu coração imortal para a índia Tererê. E você, cãozinho PoÊtisÁ, despertará do ventre das Furnas rumo aos olhos dos friburguenses que carecem de presenciar seu amor pela linda Lua e fará valer, em memória, a magia daquele que representou-o no aflorar do encanto. Vão jogôcriar! Vá, pois sei que a poesia estará na direção que o Dedo de Deus apontar. Vá, deixe o Cão Sentado até que a Lua faça-o voltar. Avante, PoÊterÊ!!! Levanta, PoÊtisÁ!!!



Ricardo França criou a concepção dos eventos poéticos PoÊs no eixo Teresópolis-Friburgo e, neles, lançou o Movimento JogôCriô. O formato do evento já foi exportado para outras regiões do estado do Rio, a exemplo de Nova Iguaçú, na Baixada Fluminense, que este ano fará o PoÊguassÚ, promovido pelo poeta Jackson Sala. A leitura é a mesma: personagem, estatueta, patrono, 12 horas de duração e jogos poéticos.



PoÊterÊ – estatueta de bronze, criada pelo artista-plástico Ronaldo Martins de Mello (Teresópolis)



PoÊtisÁ – estatueta de alumínio, criada pela publicitária Valéria Latanzzi (Nova Friburgo)



“A poesia é a grande homenageada durante os eventos PoÊs. A festa, no entanto, quem faz são os poetas, sejam famosos ou anônimos. A confraternização e a troca de experiência e de conceitos representam a tônica maior que une poesia, arte, carnaval, brincadeira, jogo, alegria, inspiração, música, fantasia, humor e teatro.” (Ricardo França)



Educação + jogo + poesia = JogôCriô



PoÊterÊ e PoÊtisÁ lançam movimento inédito e interativo e revolucionam a poesia



Nascido no 1º PoÊtisÁ – Festival de Poesia em Nova Friburgo, em novembro de 2003, integrando, no mesmo ano, o III PoÊterÊ – Festival de Poesia de Teresópolis, e agora em 2004, participando do Projeto Pau-a-pique Parabólico na Fundição Progresso – RJ e do II FestPoe – Festival Madureira de Poesia, no Sesc-Madureira, o Movimento JogôCriô vem inserindo um novo conceito de criação da poesia. Implementado no eixo Teresópolis-Friburgo pelo poeta Ricardo França, artistas locais, estudantes friburguenses de Comunicação Social e pelos integrantes da Urânia Criações, uma experiência da poesia interativa, coletiva ou individual, é o cerne do evento. A criação é feita a partir do jogo, a brincadeira possibilita a inspiração e cede as ferramentas para a livre participação dos poetas e do público. A nova linguagem poética é baseada na estruturação/formatação do processo criativo. O fazer poético é democratizado e reconstruído ao passo que o poeta deixa de ser o protagonista de um trabalho artístico para tornar-se um “engenheiro” que assinará a criação do poema-jogo.

O poema-jogo é a ferramenta de criação da qual o público utiliza para construir peças poéticas, através de um processo caótico (experiências da Teoria da Probabilidade e da Teoria do Caos), porém, organizado previa e posteriormente, a partir de um processo pedagógico. Dessa forma, a linguagem torna-se universal, elaborada a partir de um mesmo mecanismo/processo. “É importante não confundir o poema-jogo com instalações ou movimentos pré-existentes, como o Dadaísmo. O novo está exatamente no jogo, na interatividade e no resultado do poema a partir dessa dinâmica. O JogôCriô pode ser aplicado em diversas áreas como, por exemplo, Pedagogia, Psicologia, Administração, Letras e Literatura”, explica França.

Conceito – Ocorre um momento de inclusão dos visitantes, quando estes (jogadores) tornam-se ativos na construção literária. Existe aqui um rompimento, sai o conceito padrão público-platéia e é inserido o público-protagonista. A integração ocorre de forma agradável estimulada pela competição e pelo desafio da criação formulado pelo poeta-engenheiro. O poeta deixa de ser o dono exclusivo dos meios de produção/criação.

Nessa experiência, acontecem três momentos do processo criativo do poema: Antes – a criação do jogo pelo poeta ou por um grupo de poetas.; Durante – a relação lúdica do público com o jogo (quando se estabelece a parceria entre o público e o evento).; Depois - o poema como resultado de uma peça elaborada, individual ou coletivamente, exposta em praça pública. Surge, desta forma, o poema manufaturado, o processo criativo é “empacotado” como um jogo em uma caixa de papelão. Ganha um caráter industrializado com todos os elementos necessários: embalagem/caixa, regras, peças, tabuleiro, etc. A experiência do poema-jogo absorve e é influenciado pelos diversos movimentos literários, tais como: Modernismo, Concretismo, Cubismo, Dadaísmo, Poesia Praxis, Poema Processo, Surrealismo, Pós-Modernismo e Arte Conceitual, como instalações poéticas e performances.





Pedagogia da criação



Os poemas-jogos têm regras que facilitam sua aplicação pedagógica, oficializada pelo JogôCriô. Conheça alguns jogos para se divertir com a brincadeira educativa do fazer poético:



O RELÓGIO DA POESIA – ponteiros funcionam com o princípio da roleta. Dois ponteiros indicam temas que revelam o acervo de poesias existente em um álbum de poesias (Criação Thiago Mello)



LABIRINTO DE BARBANTE – a pessoa tem de passar entre fios de barbantes com sinos que, ao tocarem, devem fazer com que ela recite um poema para ganhar um livro (Criação Thiago Mello)



DADOS GIGANTES – articulados com sílabas e um quadro de palavras, o jogo de dados promove a construção de palavras e versos pelo jogador (Criação Thiago Mello)



VITAMINA POÉTICA – palavras são colocadas em um copo de liqüidificador. A pessoa vai retirando os papéis e formando versos com um número determinado de palavras. Vários jogadores formam versos da mesma poesia (Criação Ricardo França)



OS HINOS



PoÊterÊ

Poema que originou o Hino

(Ricardo França (letra) e

Ronaldo Florentino (melodia)/

Vencedor Prêmio Mambembe)



Explode poesia, sai do sino, voa no som

Corpo de pedra vai pela serra perfume bom

Roda vida em bambolê no trem do tererê

Que eu vou também, que eu vou também,

que eu vou também...

pois sei que a poesia estará

na direção que o Dedo de Deus apontar.



Poesia mania de olhar diferente

Montanha com seios de moça

Palavras loucas selvagens

Versos objetos tão secretos revelados

Cidades são milagres e o poeta é santo



Vou cantar poêterê

Em homenagem à poesia

Vou fazer poêterê

Para encantar a poesia

E gritar poêterê

Para espalhar a poesia



Porque hoje mais do que nunca

Sou mistério e sou poeta

Cavaleiro sem armadura

Doce e estranha criatura

Árvore de raiz diferente



A missão da poesia é muito doida

Uma bomba existe nessa louca

A palavra lavra atômica no céu

da gente

Onde o poeta sobrevoa

E de repente

A poesia zomba doida tomba louca

Pode cismar

de acontecer e explodir em você.



PoÊtisÁ

Samba-de-Enredo

Ricardo França (letra)

Rogério Sanche (melodia)





Poesia montanha de pedra

Cidade tão longe do mar

Existe essa cidade senhora

Poesia senhora vem cá

Rolam dela versos de pedra

Poetas são pássaros lá

Acorda amigo poeta

Acorda, Poêtisá!





Perfuma a cidade das flores

Palavras de tantos sabores

Cidade como esta não há.

Acorda, amigo, desperta,

Levanta, Poêtisá!



Na mata a fogueira queima

Um fogo que teima em rimar

Versos são pássaros livres

Desmetrificados no ar

A poesia acontece

na praça

Com raça de Poêtisá

Tem palhaço, tem alegria

Tem também paixão por lá

A poesia está em festa

Nas bandas de Poêtisá!





No céu a estrela cadente

Risca um traço e o luar

É um abajour que acende

Nesse lumiar

Canta,

poema, com a gente,

Vamos Poetizar!











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