Olha essas mulheres que vivem na rua, sem sonhos, sem nada, se maquiando do barro, parindo filhos no acaso, porque é a única opção que resta. Mulheres sozinhas, mulheres doentes, sem dentes, sem resposta, sem casa, sem nada.
Olha essas mulheres da estrada, de beira do hospício, de bancos de praça, de tamanho absurdo, de tanta lembrança, sem sequer ter um ombro para chorar. Olha essas mulheres consumindo suas drogas, sua tristeza e cachaça, sua completa incapacidade de sentir-se gente e quanta tralha há dentro dessas mulheres, que por fora, cheiram mal e por dentro estão vazias, repletas de ais.
MARCAS
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