Usina de Letras
Usina de Letras
147 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50616)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140801)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->O ORGULHO DE SER NEGRO -- 25/05/2006 - 23:19 (LUIZ CARLOS LEMOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Orgulho de Ser Negro

Mote: “ O Orgulho de ser negro / Esse, eu não posso perder”.

Autor: Luiz Carlos Lemos

Aos versos que vou dizer
Eu peço a sua atenção
Pois, sobre grave questão
Agora vou discorrer.
Sabemos, é dura a lida.
Perdemos coisas na vida
Dinheiro, casa, garida
Perdendo, posso sofrer.
Mas, o orgulho de ser negro,
Esse, eu não posso perder.

Perdemos, no decorrer
Do tempo, o trem da História.
Perdemos honra e glória
Perdemos o dom de ter.
Sob as forças do poder,
Perdemos a esperança
Deixamos de ser criança
Mudamos o modo de ver
Mas, o orgulho de ser negro,
Esse, eu não posso perder.

A gente pode não ter
Aquilo que foi perdido.
E nun viver dolorido
Podemos até não ver
Podemos até não crer
Que perda é ensinamento
Ganhamos em crescimento
E precisamos crescer.
Mas, o orgulho de ser negro,
Esse, eu não posso perder.

Se não há o que fazer,
Perdemos a liberdade.
No campo ou na cidade
Como sobreviver?
E sem a força do “crer”,
Perdemos o entusiasmo
E caímos no marasmo,
Se tentamos esquecer.
Mas, o orgulho de ser negro,
Esse, eu não posso perder.

Se a luta é pra valer
Não se sabe o que vai dar
As cartas, não vou marcar,
Covarde não posso ser.
Eu sei que posso vencer
Lutando com igualdade
Posso perder, é verdade
Se não tentar combater
Mas, o orgulho de ser negro,
Esse, eu não posso perder.

Sou negro, posso dizer
Nascido em casa de banba.
Sou negro, pois, trouxe o sanba
Pra todo meu povo ver.
Sou negro, e gosto de ser
Me desculpe, quem não gosta
Posso até perder aposta
Se não jogar pra valer.
O orgulho de ser negro,
Esse, eu não posso perder.

O senhor vai entender
O orgulho dessa raça.
Lutando com estilo e graça
Buscando sempre um porquê.
Quem fecha os olhos não vê
O negro, na capoeira
Ou vence, na brincadeira
Ou perde, sem se render.
O orgulho de ser negro,
Esse, eu não posso perder.

E não queira nem saber
De procurar confusão
Com negro, dá certo não,
O melhor mesmo é correr.
Sem armas pra lhe valer
Descobriu outra maneira
Inventou a Capoeira
Está fadado a vencer.
O orgulho de ser negro
Esse eu não posso perder.

Você pode até não crer
Que negro tenha ciência
Senhor tenha paciência
Procure compreender
A cultura e o saber
Desses negros ancestrais
Seus deuses, a quem seus pais
Buscavam compreender.
O orgulho de ser negro,
Esse, eu não posso perder.

Na cozinha, o dendê,
A paçoca, o acarajé
Sabor picante que é
Só provando, pra saber.
Quem prova logo vai ver
Numa boa feijoada
Que melhor, não tem mais nada
E vai, por fim, entender:
O orgulho de ser negro
Esse, eu não posso perder!

Depois, dá gosto de ver
Os corpos, de nossa raça
Negrinhas cheias de graça,
Ou um negâo do Ilê.
Preto velho, tererê,
Ou uma velha baiana
O sorriso de Donana
Amassando o Mussambê...
O orgulho de ser negro
Esse, eu eu não posso perder!

Carnaval, vai me dizer
Que no meio da avenida
Toda graça, toda vida
Que dá gosto de se ver
Vem do branco, a querer
Ser negro, só por um dia?
É do negro, a alegria
Que é feliz, sem perceber.
O orgulho de ser negro,
Esse eu não posso perder!

Buscando sobreviver
No campo, ou na cidade
Negro vai pra faculdade
Querendo mais aaprender
Um novo jeito de ser
Sem depender de favor
Negro se faz doutor
Pra melhor se defender
O orgulho de ser negro
Esse, eu não posso perder.

Nos campos do bem querer
Exercendo seu direito,
Vencendo um preconceito
Secular, sem perceber
Se o amor acontecer
Sem preconceito de cor
Faz da branca o seu amor
Mulatinhos vão nascer.
O orgulho de ser negro
Esse, eu não posso perder.

E a negra, por merecer,
Com seu charme natural,
Seu sorriso angelical
Um branco também vai ter.
Um dia nós vamos ver
Neste solo brasileiro
Um só povo, bem bejeiro,
Bem mulato, florescer!
O orgulho de ser negro
Esse, eu não posso perder!

E nesse dia vai ser
A tal da Felicidade
A esperada liberdade
Um fraterno conviver.
O dia de se saber
Que não há brancos nem pretos
Que não existem mais guetos.
E o amor há de vencer!
E o ogulho de ser negro
Esse, eu jamais vou perder!!!


Juiz de Fora – MG – 01 maio de 2.006
Luiz Carlos Lemos.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui