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Infanto_Juvenil-->A MALDIÇÃO DA ROSA BRANCA - PARTE 15 -- 19/02/2003 - 11:09 (Angellus Domini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAPITULO XV

- Hermínia, eu exijo saber o que tem no orão da biblioteca. – pela primeira vez Ângela erguia voz com Hermínia, apesar de a detestar por muito mais tempo. – você sabe o que o porão da biblioteca esconde!
- Não existe porão em nossa biblioteca Ângela, e você sabe muito bem que como meu pai foi o primogênito, segundo a tradição de nossa família, o ingênuo do tio Ângelo, teu pai, não herdou direitos sobre este patrimônio, portanto ele não te diz respeito.
- Hernímia, calma, não ofenda a memória do tio Ângelo, ele sempre foi muito bom para nós, minha irmã.
- Eu sei Elza, só não sei como daquela arvore tão boa, foi sair um fruto tão amargo como esta nossa prima, que mesmo quando a cidade que nosso bisavô ajudou a construir é atacada por um assassino maluco, ela só consegue pensar em dinheiro.
- Sou assim porque sou do mesmo material que você, Herminia. Meu pai é Hermínio Ravasi. O coitado do Ângelo, simplesmente me criou, mas eu sou filha de Hermínio Ravasi, o grande patriarca desta podre família, que traia a mulher com a própria cunhada.
- O que você está dizendo sua maluca, como ousa dizer uma mentira destas? Como ousa afrontar a memória do meu pai em minha própria casa?
- Ângela, por favor, me conte a verdade.- Elza já esta chorando, enquanto Herminia esbraveja de raiva. – você realmente é filha de papai?
- Sim Elza. Mamãe sempre me contou toda a história deles. Ela e seu pai tiveram um caso desde o dia em que o panaca do Ângelo a conheceu. Ele me assumiu como filha, me deu seu nome, mas na verdade, ele sabia que eu era filha de seu irmão mais velho. Que família mais podre.
- Podre é você e sua mãe, Ângela!
- Judite, o que você faz aqui? Ângela respondeu assustada, encarando a esposa de seu amante.
- Vim falar com dona Hermínia, a empregada me falou que vocês estavam aqui, mas não disse que você estava mostrando sua verdadeira história. Compreende agora de onde você herdou a cara de pau de roubar o marido das outras. Você me tirou tudo Ângela. Você me tirou o Francisco, com todas as suas mentiras. Como pude cair como uma idiota em suas histórias! Você falava que o Francisco não me queria e me empurrava o Antony, mas a verdade apareceu depois de mais de vinte anos. Enquanto você enchia minha cabeça, você corria para acalmar o Francisco. E agora o trai com o Antony como traia o Antony com ele.
- Quem você pensa que é para me atacar assim, Judite. Você não tem história, não tem passado, não tem família. Você é uma mentira, Judite.
- Engano seu, minha querida. Enquanto você passou a vida interia chamando de pai um homem que você sabia que não era seu pai, e ele sabia que você não era filha dele, por isso ele nunca te amou como uma filha de verdade. Eu sim tive um pai, que mesmo não sendo casado com minha mãe, sabia que eu era filha dele. Eu pude ter a honra de chamar Ângelo Ravasi de pai, e de saber que ele me amava como filha de verdade e não como uma bastarda, que ele somente alimentava e dava um teto como qualquer um faz com um bicho sem dono.


Ângela não sabia mais o que pensar. Sai desesperada, chorando. Antes de ela sair Judite ainda a chama de volta:

- Ângela, estou deixando Antony. Estou deixando Santa Cecília. Não tem mais razão para continuar aqui. Desculpe Herminia, mas me descontrolei. Estava em sua casa.
- Imagina, Judite. Você já era como da família, ainda mais agora, prima.







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