Usina de Letras
Usina de Letras
165 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62215 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->SE UM DIA EU DISSE NÃO -- 10/06/2004 - 01:55 (paula cury) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SE UM DIA EU DISSE NÃO



Se um dia eu disse não, foi por medo do sim

Se um dia virei o rosto, foi por querer demais seu beijo

Se continuo a dizer não é porque meu coração tem medo

Me acanho ao te encarar.

Quero mas não quero. Quem entende?



Um dia, quem sabe, a gente se encontre de novo

Com coragem ou sem, vou me deixar levar.

Se for tudo por água baixo, quem sabe?

Ao menos não sofrerei por não tentar.



Ah! Se você me ouvir e eu negar,

Não acredite. Na verdade, quero dizer

O contrário do que disse antes de ter dito.

Não acredite em minhas palavras

Pois eu também não creio.



Se eu negar sua boca na minha boca

Beija mesmo assim.

Verá como me entrego sem medo do fim

Não se assuste. Não tomo conta de mim



Se enlaçar tuas pernas nas minhas

Eu vou fingir resistência.

Beija mais um pouco, mais um pouco

Verás em mim tantas pernas quanto as de um polvo



Se quiser fazer amor, sexo ou qualquer coisa assim

Vem de vagar, de mansinho, fingindo medo de mim

Se eu me esquivar, mostrando não querer

Me segura forte, sorri e pisca.. e vem logo pra mim.....



Vê como sou? Começo de mansinho,

Com palavras bonitas até... e,

Sorrateiramente vou soltando os bichos

Não te largo mais. Ainda me quer?



Voltarei a poesia, sem rima e sem nexo

Adoro versos que se perdem na razão

Tento ainda te convencer

Que digo sim quando da minha boca sai um não.



Falarei de teus olhos,

claros como o mar em dia de sol

sem ondas e sem o balanço do barco.

Claro, límpido, sem sombras



Gritarei das alturas que te quero

Ó grande homem das cavernas

Pega tua clava e me segue, arrebata-me.

Não ficou lindo?



Ou talvez se te comparar as noites de lua

Misterioso homem de voz macia.

Infla meu peito de sons e dizeres

Ainda assim não é o suficiente.



Ah! Talvez isto te agrade.

Tu, que tiraste de um coração sombrio

A dor do amor esquecido por tantos anos adormecido

Fraco, realmente fraco ficou.



Nada mais vou falar. Palavras.

Palavras, pra que palavras?

Chega perto e sente minha respiração

Sente meu corpo pulsar querendo o seu



Pega minha mão trêmula e suada

Percorre meu braço com seus dedos

Ainda lembro de quando isso aconteceu

Vê? Ainda me arrepio, como a primeira vez.



Aproxima seu rosto do meu, não lentamente

Vem de sopetão, não me dê tempo de pensar

E se eu me insinuar, passando meu nariz bem junto ao seu

Aproveita a deixa e me beija, beija, beija.



Aonde vamos parar? Não sei nem quero saber

Se, ao menos começar, não vou nem reclamar.

Vem logo, se apressa e não demora.

Pois sou tola o suficiente para não esperar e ir embora.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui