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Poesias-->Escritos por atacado (ou) O lixo literário manda Lembranças -- 12/06/2004 - 04:35 (paula cury) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Tem gente que escreve, se diz poeta

Junta as palavrinhas, coloca uma riminha

Se acha o máximo, publica todo dia

Um.. dois.. três.. dez coisinhas por hora

Produção em massa, sem fermento.



Ô Internet bendita...

Sem censura, sem limite, sem bom gosto

Aceita tudo e nos envia.. re-envia, sacrifica

Teclinha delete gasta... afundada... tão sofrida

Revoltada, pede abono extra. Trabalha mais a cada dia



Texto formatado, copiado, deturpado

Não há limite... não há lei... não há sanção

E eu aqui, apagando... cada linha cada palavra escrita em vão

Haja paciência, tem gente que não se toca não.



Eu escrevo, é bem verdade, e não sou poeta não.

Escrevo sem rima, sem técnica, sem um grau de profusão.

Mas vá lá, que dois, no máximo por dia, não cansa,

Ou será que não?



Segunda parte .... o poeta, embroeta, fala:



Contagiada por palavras abstratas... vou escrevendo sem razão

Poluindo telas e mentes, enchendo papéis de bytes, kbytes e mega bytes dementes

Aprendendo, assim, a ser poeta indolente, deixando o leitor, coitado, doente

Esperando o prêmio Nobel de literatura. Ah, como estou crente.



Me inspiro em idéias alheias, texto quase pronto, mudo apenas a ordem

O primeiro verso vai pro fim, o último lá no meio, entremeio sem receio.

Quem se importa? Copio. Copio mesmo.. é só lorota.

Assino em fonte 48, sublinhado, criptografado, que é pra deixar bem gravado.



Penso cá com meus botões, como criar mais textos.



Tomar sopa de letrinhas quem sabe? ( times new roman)

Pro texto sair pronto...

Quer seja por baixo ou por cima

O que importa é publicar.

Xi!!! Acabou o papel, vou usar a rima!!!



Publico e espero alguém dizer: “é obra prima”

Ah! Se é.. saiu de mim... do mais profundo do profundo. ( preciso de um laxante)

Minha alma é poeta. Preciso ouvir senão eu surto.

Escrevo mais, cada vez mais, mesmo que seja um verso curto.



Você pensa que acabou?

Pois não acabou não.

Hoje estou inspirada

Vou vomitar letras até de madrugada.



E lá vem mais, caixa de correio

Estufada de tanta poesia enlatada

Se o tema é circunflexo

Escrevo mesmo sem ter nexo



O que me importa é aparecer

Me sentir a dona do poder

Dizem por ai que é a falta.

Ter poder sem mais phoder



Ah! Como dói.. como dói a desdita

Não saber dar emoção à palavra escrita

Eu me esforço, eu sei bem,

Mas não nasci pro negócio, meu bem.



Então enrolo com blá, blá, blás

Mesmo que minha rima não seja loquaz

Quero ver quem é capaz

De dizer que não sou poeta zas-traz.



Me apague, to nem ai.

Amanhã, você sabe, de volta aqui

Seu e-mail não me bloqueia

Você vai xingar de boca cheia



......



Pra finalizar, em grande estilo

Poetizar sem copiar:



“Mas não esqueça, nenhum segundo

Que eu tenho a rima... maior do mundo

Como é grande o meu poema

Pra você”





Eu vou voltar, pro seu azar.





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