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Cordel-->Trocando de corpo -- 27/06/2006 - 18:03 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Trocando de corpo
Por Airam Ribeiro 21/06/06

O louco também ama
A sua louca da calçada
Na sua maneira de ser
Ela também é amada.
Já fizeram um estudo
O espírito é que vale tudo
O corpo não vale nada.

Na minha incógnita vida
Por não poder muito falar
Vou dizendo por parábola
O quanto podia de te gostar
Como tudo é proibido
Fico no canto escondido
Esperando você chegar.

Nas metáforas da vida
Sempre estarei te olhando
Com outros olhos bem sei
É que vou te avistando.
De repente chega você
Aí então não sei por quê
Meus olhos vão cegando.

Então não vejo mais nada
Nada já não posso falar
Fico mudo em meu mundo
Vendo você conversar
Só te olho e não me vê
Eu bem em frente a você
Sem poder te abraçar.

Dizem que o poeta é louco
Que sai por aí a escrever
Frases sem ser ensaiadas
Só para poder se manter
No seu alimento do dia.
Faz da vida a sua alegria
Uma maneira do seu viver.

E escreve e escreve...
De dia e as madrugadas
Perde o sono enche a folha
Que nem vê a alvorada
O galo canta e só ele
Sabe dos sintomas dele
Das vidas vivenciadas.

Ele viveu em muitos cantos
E em cada vida que viveu
Morou na França, na África...
Com alguém que ele conheceu
E foi também numa certa roça
Que ele viu numa palhoça
Um antigo amor que era seu.

As lembranças do passado
Faz o poeta a noite levantar
Pegar a caneta e as folhas
Para tudo poder anotar
Fatos de um passado distante
Que tava naquele instante
Fazendo-o então recordar.

Era escravo de uma senzala
Que via a sua amada escrava
A lhe chamar pra socorrer
Quando o feitor a açoitava;
E em direção a gritaria
Num tiro viu a sua alforria
Na bala que lhe acertava.

Os olhos foram fechando
Ouvindo os gritos da amada
Quando enfim ele acordou
Já estava em outra estrada.
De um engenho era o senhor
Mas, porém dando seu amor.
Pra escrava que retornava.

Tantas vidas já vividas
E mais vidas para viver
O poeta então escrevia
Para um dia seu povo ler.
As viagens que ele fazia
Sendo adulto já velho ia
Quando voltava era bebê.

Em todas as idas e vindas
Ele adquiria progresso
Tendo ele o livre arbítrio
Para ter o seu ingresso
Só o bem ele escolhia
Pois só a ele competia
Não ficar no retrocesso.

Um dia ele acordou
Lá nas terras dos gerais
No sertão da Bahia
Lugar de muitos cafezais
E viveu por onze anos
Quando mudaram os seus planos
Acompanhando os seus pais.

Envelhecendo seu corpo
Teve sua última moradia
Na cidade de Itanhém
Extremo sul da Bahia.
O espiritismo conheceu
Mudando os planos seu
Dando-lhe sabedoria.


www.usinadeletras.com.br
airamribeiro@zipmail.com.br




























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