Deixo-te Ver Tudo...
Iracema Zanetti
Deixo-te ver tudo o que quiseres ver,
Se sabes o lado certo...
e qual dos meus seios foi tatuado,
porque pedes com tanto dengo,
para descortinares tão conhecida imagem
que exploras com as mãos carinhosas
e pressionas as auréolas levemente com os dedos?
Por que me pedes, e não te atreves como antes?
Vai...anuncias de uma vez ao mundo
o que desejas fazer...
Faze, estou aqui para quê?
Tantos detalhes explorastes,
tantos aromas aspirastes,
tantas dobras percorrestes,
por que perguntas agora se podes examinar
a cálida imagem dos meus dourados seios
que vão do rosado ao rubro alvo,
dependendo da volúpia dos teus beijos!?
Ah... gosto que viajes no meu corpo,
como um veleiro branco zarpando mares!
Teus olhos apontam portos, onde desejas ancorar...
Teus dedos ágeis não se cansam de o explorar!
Não prometas cuidados, sabes onde mora o perigo,
o limite termina na linha do meu abismo!
Menino travesso, hei de cuidar de teus anseios,
para que não avances limites alheios!
Não me fales deste jeito, não quero que te percas
no escuro úmido, da parte mais secreta
do meu corpo e muito menos deixes nele o teu juízo!
Se ultrapassares os limites, frágil e sedenta,
talvez abandone-me inteiramente em teus braços,
e morreremos na loucura de fêmea e macho!
Aninha-te de modo a beijar estes...
e não aqueles lábios!
Este gosto terás ao olhar meu rosto,
em descontrolados espasmos, mistos de amor,
prazer e dor, sentindo juntos
a delícia de múltiplos orgasmos!
Fala sim, quero que me excites,
com tuas bobagens!
Uai se é por demais da conta, amar-me deste jeito, sendo um homem tão maduro por que perdeste o juízo e desejas como vício, descortinares a tatuagem feita do lado interno do meu seio esquerdo?
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