E tanto que eu andei à tua procura
Nos anos que deixei por esta estrada.
Voltei aos pés da mesma criatura
Que abandonei no início da jornada.
Um amor que quis manter, à força bruta,
Trancado em uma vida já passada,
No ponto de partida desta luta
Que, enfim, era seu ponto de chegada.
E ponho-me de novo, como um tolo,
Perdido em novos versos, novas juras,
A encher o coração com teu consolo,
A transbordar as mãos com tua ternura.
Não trago grandes honras, nem confetes.
Sou apenas um poeta que declara:
A vida quase sempre se repete
E o amor só silencia.; mas não cala.
para Anna
Rogério Penna
jun.2004 |