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Artigos-->Crítico literário para que? -- 28/06/2002 - 15:15 (marcelo dawalibi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Diferentemente do que pode sugerir o título deste artigo, não faço aqui um manifesto contra os críticos literários ou um texto que desmereça a profissão. Ao contrário, sou um entusiasta dos críticos, não só de literatura, mas de todas as áreas da atividade humana. Alguém acha, por exemplo, que teríamos uma boa produção de filmes se não existissem críticos de cinema? E o que seria de nós sem os críticos de televisão, únicas vozes que nos defendem contra a ditadura da audiência fácil? Reconheço, portanto, a notória importância do papel dos críticos.

O que me incomoda é o crítico arrogante, o catedrático de frases pomposas e vazias, intelectualmente pedante e indigente, e que usa sua profissão para humilhar e desencorajar as pessoas. Encontramos centenas desses tipos por aí, trabalhando inclusive em editoras. Seu papel, em tese, seria o de selecionar os bons textos, analisar a viabilidade técnica dos livros submetidos à sua avaliação, e fundamentar sua opinião em comentários objetivos à editora. Mas ele não se contenta com isso. Não basta ao seu ego inflamado apenas o papel de avaliar tecnicamente a obra: é preciso ir além, é preciso humilhar, reduzir a pó o autor, mostrar-lhe sua insignificância diante de uma inteligência "superior". É preciso, enfim, punir severamente esse insolente desconhecido que ousou escrever um livro de nenhum valor acadêmico. É preciso castigá-lo, ferí-lo, defenestrá-lo. Messiânico, ao fazer sua análise esse grande mestre da literatura vai além: julga-se um verdadeiro "deus". Com suas teses imbecis de academicismo de botequim, vai destruindo um a um os parágrafos da obra, fazendo observações que oscilam entre o subjetivismo puro e o academicismo indigente. Sua personalidade megalômana exige que ele use, assim, toda a "importância" de sua profissão para se converter em juiz, censor e mestre do bom gosto, separando o bem do mal.

Não é só, porém, em algumas editoras que encontramos tipos assim. Essa gente por vezes acha espaço também em jornais e revistas de grande circulação. Quem um dia já leu textos desse tipo sabe do que estou falando. O crítico medíocre não sabe distinguir um romance de uma novela; todavia, acha-se o monopolista do bom gosto. Confunde veemência com grosseria, e apega-se, obsessivamente, à sua minúscula parcela de "poder" para extorquir o trabalho alheio, quando não para esconder sua própria inépcia.

Viva o bom crítico! E que desapareçam os medíocres "acadêmicos".



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