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Cordel-->Mensalão -- 11/07/2006 - 08:05 (Gorki Mariano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MENSALÃO
TOMO 1 : O PRESIDENTE INOCENTE
Autor: Gorki Mariano.

Sabe o que eu ouvi falar?
É difícil de acreditar
No meu país do futuro
Tem negócio muito escuro
Lá na câmara federal
Deputado leva a boa
E o pobre povo fica à toa
Sempre levando a mal

Eu soube e fiquei sem fala
Que tem dinheiro em mala
Uns dizem que é da igreja
Outros que é da peleja
Viajando a esmo sem parar
Mas esse dinheiro emalado
É pra pagar político safado
Que tem em todo lugar

Essa nova regra ou ação
Tem um nome, um palavrão
Estão chamando de mensalão
Os deputados ganham pra votar
Só apóia e vota com o governo
Aquele que recebe a propina
Tem uns que o nariz empina
Dizendo: nunca ouvi falar!
Dos partidos, até presidentes
Estão metidos no ato indecente
Pra todo lado as malas vão
E pra todo lado tem ladrão
O nosso presidente inocente
Vive dizendo: vi nada não!
E quase toda nação acredita
Neste ilustre e isento cidadão

O deputado Roberto Jefferson
Fez um rebuliço em protesto
Resolveu não ficar calado
E quebrou o antigo trato
Receber o mensalão e votar
Sem ao menos perguntar
Sobre o que era a questão
Esse fato, complicou a situação

Hoje, esse ilustre cidadão
Que sempre roubou pra valer
A quase toda gente faz crer
Que é o novo herói da nação
Sempre arrogante e falastrão
Pra mim não passa de mais um
Articulador do jogo vil e comum
Atolado na lama da corrupção




Falando em situação
A que hoje está em ação
Era nossa boa oposição
Não deixava reforma passar
Nem cobrança a aposentado
Era um time bom danado
Mas depois que mudou de lado
Faz vergonha até falar

Cobra de aposentado sem dó
Faz reforma, aperta o assalariado
Tem o modelo econômico copiado
Igualzinho aquele do FHC
Só quer saber de juntar dinheiro
Pra mandar pro estrangeiro
Vendo o Brasil sucumbir
Pra engordar o famigerado FMI

Agora surge o mensalão
Eu acho que é corrupção!
Dizem que é coisa antiga
E que não passa de intriga
Dizem que sempre ocorreu
Que o Brasil é mesmo assim
Cada político rouba um “pouquim”
Sugando as tetas da nação




Está instalada a comissão
Contra gosto do governo
Que negava toda a situação
E dizia, falando grosso
Que era intriga da oposição
Que queriam usar a CPMI
Como palanque de eleição
Frustrando a velha mamação

A CPMI ouviu empresário
Que operava a transação
E com uso do público erário
Pagava a muitos o mensalão
Uns até achavam pouco
Outros gritavam já roucos
Onde anda o meu quinhão?
Quero aqui, na minha mão!

O empresário negou tudo
De nada sabia até então
E as fábulas de dinheiro
Eram produtos verdadeiros
Do trabalho de um cidadão
Que não cuidava das contas
Deixando a comissão tonta
Sem apurar o mensalão




Mas pra tristeza dos políticos
Que agora já ficam aflitos
O empresário Marcos Valério
Vai mudar de posição
E em novo depoimento
Desta vez a um procurador
Vai destrinchar como se passou
A vergonha do mensalão

Melhor do que depoimentos
São todos os documentos
Comprovando saque anormal
Dos Bancos do Brasil e Rural
Tem político que mandou
Outro que não agüentou
E correu ao banco pra receber
A propina. Inocente; sem saber

Duda o maior marqueteiro
Do partido dos trabalhadores
Resolveu contar suas dores
E explicar como a campanha
Que foi feita com muita manha
Recebeu dinheiro até no exterior
Novamente o empresário Valério
Foi o principal ator do despautério




O Brasil agora vai saber
Pra que votou no PT
A esperança, força e ação
E talvez vá se arrepender
E nunca mais querer saber
De votar na tal da eleição
Que só engana o pobre
Surrupiando seu cobre

Mas a sociedade deve
Ficar alerta e acordada
Pra não ser enganada
Por políticos matreiros
Conhecidos mãos-leves
Que surrupiaram o país
E hoje com a cara de giz
Se disfarçam de cordeiros

Será preciso cassar
Muito político ladrão
E dizer um sonoro não
Aos oportunistas da hora
Mostrando que agora
O povo esta acordado
Vigilante e bem ligado
Pra não ser, de novo, enganado




Quando o Brasil acordar
Deste pesadelo triste e vil
O nosso amor será febril
A cidadania será de fato
Imposta aos politiqueiros
Com suas malas de dinheiro
Muitos vão pagar o pato
E o Brasil sairá altaneiro

O nosso Brasil não pode
Aceitar a suja corrupção
Devemos alertas dizer não
Aos usurpadores da nação
E eleger pessoas sérias
Com clareza de ideais
E com propostas sociais
A fome só; não serve mais!

Vamos lutar por escolas
A base forte da educação
Dando a juventude opção
Formando consciente cidadão
Vamos levantar a cabeça
E que ninguém esqueça
Que o Brasil forte e soberano
Não se curvará a nenhum fulano



Gorki Mariano
gm@ufpe.br
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