Eu não sabia por que as pessoas eram tristes,
agora eu sei.
Eu não sabia por que elas traziam estampado no rosto
o calor de uma amargura.
Eu não sabia por que elas pareciam tão cansadas
e prestes a desfalecer.
Mas agora eu sei.
Agora que também eu trago estampada no rosto a amargura,
agora que ando tão cansada e prestes a cair...
Agora eu sei que a gente só compreende o porquê das coisas
quando passa por elas,
se situa,
e, de repente, não sabe o porquê de ser assim.
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