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Cartas-->Esta é para o teu Coração... -- 07/06/2001 - 12:03 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como vai?

Não tenho novidades.
Só passei para saber de tuas emoções e das carícias que trocamos em algumas horas que, juntos, desbravamos os limites sem-conta da poesia.
Ah... Essa poesia que de todas as formas nos uniu, mas teimas em dizer que nada temos em comum, a não ser meras palavras.
Creio que te esqueceste de uma tarde, quando conversávamos, sem procupação do tempo que nós conseguimos paralizar. Sim. Conseguíamos isso, de vez em quando... E nos embriagávamos de tantos dizeres... Aí e aqui... a poesia fazia morada e se infiltrava em nossos corações, como "água doce em mar salgado"...
Uma vez, falei, e tanto... tanto... Que te pedi desculpas pela inconveniência de te ser tão "prolixa"... E tu me respondeste que algo que adoravas em mim era a minha prolixidade...
Quanta mentira!
Não sei que clausura te impões, a ponto de negares para ti as coisas que te dão alegria... Talvez sejas masoquista, ou tenhas prazer em sofrer.
Disseste, um dia, que não existe poeta alegre. Do que eu discordei totalmente.
Não gostas de "ouvir verdades". Mas fazes questão absoluta de dizê-las. É justo isso?
Tive, hoje, a triste confirmação de que as pessoas são, às vezes, "seres estranhos".
Lembrei-me, então, da criança que acorda em mim, todas as vezes que os "adultos" mostram as suas "façanhas". E veio-me à mente o tempo que gastava a brincar com minhas bonecas artesanais, presenteadas por minha madrinha. Ela era pobre, mas dava-me brinquedos de bom gosto, que me fascinavam.
Tive uma boneca de pano, tipo bruxinha, à qual dei o nome de "Mercenária". Tirei-o de um comentário que meu pai fez, certa vez, referindo-se a uma conhecida nossa, dona de uma padaria:
"Ela não passa de uma mercenária!" E como a mulher fosse bonita e muito bem arrumada, achei que mercenária fosse uma grande virtude. Daí o nome de minha boneca. Como podes ver, já nessa época, eu me afeiçoava ao sentido das palavras e prestava muita atenção quando as pessoas grandes conversavam.
Fui aprendendo desde cedo a arte da comunicação. Cedo, também, comecei a escrever... Tinha algumas manias saudáveis. Passava tardes inteiras renovando meus cadernos, copiando-os várias vezes. Isso me legou travar um conhecimento estreito com o nosso tão caloroso idioma, além de ficar sempre em dia com as matérias escolares..
É, meu "Ser estranho", nada temos "em comum". Somente:
Amor ao mar... Observar pássaros... Dançar no giro das borboletas... Chorar com o sofrimento alheio e sofrer pela destruição da natureza ou por velhos que morrem... Desejar amores sublimes, nunca experimentados... Sorver amanheceres e ficar embriagados com uma nuvem, brisas da tarde, lamentos de sinos anunciando o "Angelus"... Imaginar encontros nunca concretizados...
E sonhar... Sonhar... Sonhar...
E eu...
Continuo sonhando, na esperança de nunca acordar...
Basta de realidades medíocres e falsas, onde a razão acaba por destruir a rica e doce emoção de algo que deveria permanecer "imaculado". Pois é o que sempre foi!

Voilá!

Milene

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