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Poesias-->Desabrigada -- 21/06/2004 - 18:11 (Jair Fonseca Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desabrigada



Corro contra o vento frio de uma noite gelada,

Parte da estação inverno da minha vida acuada.



Indefesa sob um casaco surrado,

Sinto as surras do tempo,

A bater surpreendente

No meu cachecol coleira dourada...



Na calçada molhada,

pelo gotejar constante

Da garoa fina,

que tece na sua extensão

O tapete de granizo,

Calçando meus passos de frio,

A caminho do distante...

Congela-me a alma o sorrateiro espanto



Desabrigada, canto a canção dos tristes

Que a minha alma entoa no ninar das pálpebras,

Rendidas ao sono insolente,

desmontando meu corpo pesado de massa e destino.



Pareço dormir... E enquanto durmo sonho...



Com o sol abrasador.

Em cada raio um sorriso aberto

Por um tempo certo.



Com o romantismo da relva,

Banhada com a prateada luz da lua,

Iluminando a flor solitária,

Colhida pela mão que acredita no amor

Em fase contrária.;



Com a liberdade da minha confinação,

Gritando saudação aos ouvidos mudos,

De tímpanos feridos pelos torpedos

Palavras de coerção.;



Com os braços que me abraçam

No aconchego dos meus ideais,

E que separa as distancias

Entre o agudo e o infinito

Do meu viver sugado pelos canais...



Continuo sonhando...Agora acordada.



Paro diante da realidade ...

"...Vento frio de uma noite gelada,

Parte da estação inverno da minha vida acuada."

Corro com mais pressa...

Tenho muita pressa...

De encontrar o seu ponto extremo,

o fim da minha existência desabrigada.



Jair Martins / 21/06/04 - 07:30h















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