Faze alguma diferença,
conquanto só, que eu caia e durma?
e assim...
parado na síntese do nada,
o crime
[venha em disfarce inocente
roubar-me a alma que te ofereço?
Calado, sem tramas, sem mundo
enrolo-me na cama
que odeia-me ver romper noites claras
em dias que despertam
sombras e vozes
desnudas de amor, amor.
Então por quê?
Por que não me lanças de vez
ao frio chão de seu deserto coração
Ao invés de alimentar-me nas pomposas
nuvens do seu infinito céu de mentiras?
É por isso, que me precipito
nas mal dormidas noites no sofá.
e quem há de negar
e quem há de afirmar
que sou o mais tolo dos homens
por tentar na fuga, pôr fim...
naquilo que se encontra dentro mim. |