Pode desde já, caríssimo Usineiro "comm il faut", consultar o registo de títulos literários do mundo e não encontrará algum como o que acabo de conceber com duas palavras objectivas e dois elementos auxiliares de interligação.
E... E... Se a milenar professorinha vem por aí tentar abafar os meus sonoros pontinhos de reticências... Aplico-lhe com mil antigas notas de mil, que esqueci por baixo do colchão, naquela testazinha aonde nunca dei mil beijos, mil chupões e outras mil impulsivas manobras físicas que adorava executar consoante os viagrantes movimento e ritmo que a senhora me inspirasse em teoria e solicitasse na prática efectivamente activa.
Ai... Valem-se-me sobretudo agora mil auspiciosos e orgulhosos "eus" reunidos que disponibilizassem de imediato mil reais cada um!...(Será uma tarefa muito difícil de alcançar?!...).
Ai... Ai... Se eu fosse sacerdote apostólico e romano tal como estive para ser senão fosse uma corrente de ar que assolou a parte mais critica do meu mais instante local de precisões, neste exacto momento teria todas as minhas contradições em exemplar sentido inverso
Bem... Vamos ao "suplício", sensação que na maioria das vezes não provoca dor alguma e sofre-se horrivelmente mil lentos momentos em lugar de uma autêntica dor que nos aparecesse a perfurar a pele.
O leitor usineiro imagina decerto o que é estar de olho em cima de um bonito par de laranjas dez minutos, trinta minutos, quase uma hora e, em incrível afastamento de olhos, ter a ideia de que se morre à sede sem chupar nada docinho. É horrível.
Ora, entendido o "suplício", prossigamos com e sobre o que se segue, o "respeito", esse instaurado sentimento que nos coloca em permanente medição da distância... Entende?... Ora, se entende!... Senão avançamos, estamos ou recuamos.
Quando deixei cair bastante suor em França, a fazer buracos na parede, a introduzir buchas e a apertar parafusos - na altura não tive outro remédio - habitava um modesto rés-do-chão onde sob as bençãos da humildade terrena vivi sacrossantos momentos de felicidade impagável.Então, a tríade "rés-do-chão" batia-me poeticamente na cabeça e não era azul...
Uns dias adiante, num "bistrot" de Sartrouville, por dá cá aquela palha e sem mais nem menos, um gajão qualquer exigiu-me: "Ei lá... Quero respeito... Tá bem?".
Vai dali e daquilo, a inspiração veio-me ao corpo e eu, zás, estendi-me e encostei o peito ao chão, levantei a cabeça e repliquei: "Toma lá rés-do-peito... Oh... Abrenúncio... Ou queres que vá até à cave?...".
Ai... Ai... Estimado Usineiro, como esta , tenho ainda mais mil histórias para contar. Em troca, só pretendo uma coisa. Pretendo que nem por mil sombras a professorinha não saiba quando estou rigorosamente sério, assim-assim, a brincar ou indiferente. Preferiria morrer mil vezes e ressuscitar outras mil a que ela viesse a saber uma vez só que estou necessitadíssimo de 1.000 euros para introduzir mil moedas uma a uma nas mil máquinas do casino da Póvoa. Quem sabe se me saíriam 1.000 jaquepotes para a mestra vir atrás de mim.
E claro... Fiz-me entender claramente sobre a simplidade que envolve um título nunca dantes dito ou escrito: "O Suplício do Respeito".
Senão me fiz entender, poderei desde já fazer-me repetir mil vezes.
António Torre da Guia
PS = Exceptuando a intervalação palavreante com que criei esta saga mil vezes imaginada, palavras e letras são nítido e puro plágio. |