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Artigos-->Nuvens -- 29/06/2002 - 17:59 (Anderson O. de Paula) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nuvens, nuvens, para onde vão assim, levando de mim tantos sonhos; tantas esperanças retratadas em elefantes, ursos e outros bichos, que minha imaginação de criança cansou de inventar no banco de trás do carro de meu pai, quando viajávamos nas férias de verão para as montanhas?





Ah nuvens! Como eram felizes aqueles meus dias em que não havia nenhuma outra preocupação que não fosse a vontade de ser eu mesmo, sem máscaras e fantasias mal compostas, à base de sorrisos falsos; choros dissimulados!



Ah nuvens! Está tudo de um jeito, mas de um jeito, que hoje já não tenho certeza se sou ou se quero ser eu mesmo!



Ah nuvens! Porque deixastes o sol sair e iluminar tal, porca e horrível mediocridade; cretina falta de novidades sadias?



Aqueles dias em que eu sonhava brincar em vosso chão macio, junto com tantos bichos, nunca mais serão meus: nem os dias e nem os bichos - aliás refiro-me a esses bichos que agora arrebatas de mim, desmanchando-os e transformando-os em coisas, meras coisas, sem forma e beleza, apenas dispersas e forma de fumaça que polui e desgraça o infinito azul, o lindo horizonte.



E por falar em horizonte: óh nuvens, ainda existe

horizonte? Onde está o meu? Ele ainda é lindo?



Quisera eu impedir o soprar do vento para impedir vosso ir.



Quisera eu, óh incompreendidas nuvens, mirar vossa alvura e formato e não me lembrar de tudo que já me foi bom e que só agora o sei, só agora o sei ai meu Deus!



Mas, já que vão, saibam que as espero - até porque não me restam saídas, sejam estas sensatas ou insensatas.



Estarei esperando vosso regresso, no entanto, por favor, apenas um pedido: tragam meus sonhos, esperanças retratadas em elefantes, ursos e outros bichos, que minha imaginação de criança cansou de inventar no banco de trás do carro de meu pai, quando viajávamos nas férias de

verão para as montanhas.



Não precisa trazer à luz a tal, horrível e porca mediocridade que nos cerca; a cretina falta de novidades sadias.



Quisera eu, óh incompreendidas nuvens, mirar vossa alvura e formato e não me lembrar de tudo que já me foi bom e que só agora o sei, só agora o sei....



Ah nuvens! Ah nuvens!



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