Entrei numa de não pensar,
Não escrever você.
Entrei numa de esquecer,
Não tornar presente a distância.
Cai num rio de água escura,
De ver as partes de outra mina,
Cavar o ouro de outra terra,
Ou outras pedras, um chão menos duro.
Entrei numa de furar o cano,
Para ver vazar uma água limpa.
Entrei numa de cair o pano,
E comer as palmas de uma seca minha.
Entrei nessa de não pensar,
Não escrever você.
Mas cadê, se me peguei assim?
Não dei um fim,
Não caiu o pano,
Não furei o cano,
E nem água em mim.
Alisson Castro.
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