O orçamento brasileiro
Essa peça de ficção
Tantas vezes manipulada
Quase sempre em votação.
Vamos começar a falar
Daquele bando de anão.
Foi no governo Collor
No tempo da inflação
Quando uns deputados nojentos
Começaram a corrupção
Terminaram por ser caçados
Mas não foi a solução.
Agora vem outro escândalo
Desta vez com ambulância
Os deputados sanguessugas
Sobre tudo têm dominância
Superfaturaram concorrência
E mostraram sua ganância
Naquela época dos anões
O bando era só de quatro
agora são cinqüenta e sete
que fazem parte do teatro
essa é a contagem inicial
mas, multiplique por quatro.
Do Congresso Lula falava
Que tinha muito picareta
Chegou a contar trezentos
Numa contagem até mal-feita
Como ele é analfabeto
Essa informação é suspeita.
Agora chega empresário
E diz que setenta por cento
De nossos parlamentares
Aumentam seu faturamento
Recebendo propina por fora
Sem qualquer constrangimento.
Por isso nosso povo
Vive sofrendo na miséria
Quase todo nosso dinheiro
Desce através de uma artéria
Que mais parece um gasoduto
Daqueles que têm na Sibéria.
De todos esses bandidos
Os piores são os evangélicos
Que usam o nome de Deus
Se passando por angélicos
Se julgam umas divindades
Uns seres muitos célicos
Para acabar com a corrupção
E com a falta de vergonha
Também com esse bando de corvo
Que só destila peçonha
Tem que haver fuzilamento
Pra esse bando de pamonha.