Ajuda-me, Florbela, o coração,
Quando teus versos leio, mergulhada
No mais profundo abismo do teu nada,
Na tua angustiosa solidão.
Ajuda-me, Florbela eternizada
Em cada nota da tua vã canção.
Que eu não me atreva a por explicação
No que escrevias quando ensimesmada!
Ajuda-me, Florbela, a ler no escuro
Dos teus sonetos o clamor mais puro,
Que me arrepia a pele e que me encanta.
Perdoa-me, Florbela, incomodar-te ...
Quando eu pranteio sobre essa tua arte
Tira-me a dor, Florbela ... Não Me Espanca!
Silvia Schmidt
*Humancat*
~À musa e poeta Florbela Espanca ~
(Dir. Aut. Reserv.)
©2000
====================================
http://humancat.digiweb.com/Recanto/poesias.htm
Poesias *Humancat*
====================================
|