Usina de Letras
Usina de Letras
137 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62239 )

Cartas ( 21334)

Contos (13264)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10368)

Erótico (13570)

Frases (50636)

Humor (20031)

Infantil (5436)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140810)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6194)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Celebração -- 15/10/2003 - 16:01 (Marcelo Santos Barbosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Anabela, que maravilhoso jogo de sedução você me apresenta!
- Já vivemos tanto meu bem amado, tantas maravilhas, tanta dor que nos esquecemos das pequenas coisas que podemos fazer na paz do nosso silêncio.
- Como, depois de tantos anos, teus olhos ainda possuem mistérios que a ponte que atravessamos não conseguiu desvendar?
- Lembra de como, um dia, perdidos na beleza do Nilo, vimos a noite chegar contemplando o espetáculo da vida? Como ali, sob a proteção dos deuses nos entregamos pela primeira vez ao apelo da carne?
- No mesmo lugar onde tempos depois, passadas todas as agruras e os tormentos, sob o olhar choroso dos deuses te dei meu sangue e a noite se tornou nossa morada.
Nem mesmo por um instante me arrependi da minha escolha; morreria mil vezes mais para termos momentos como esse, onde, sob a maldição dos deuses e a absolvição dos demônios, contemplamos a paz da treva.
- Façamos o que nos é devido então...
- Que a luz prateada da deusa Lua, guardiã dos segredos ocultos da eternidade, banhe este corpo nu, tão selvagem como o canto da ave que busca o poente.
- Dos teus gestos sou prisioneiro, cativo dos teus beijos pagãos, minha amada imortal, deita em mim tuas mãos, tão refrescantes como a brisa que um dia tocou meu rosto vivo...
- Abro em mim o poço de onde podes dia após dia matar tua sede e contemplar os velhos campos.
- De mim beberás, como um dia perdido no tempo, você bebeu para se saciar do calor de Atom, o deus sol que nos abandonou...
No enlace dos dois corpos tão velhos quanto a própria história, as bocas famintas mergulharam no alimento da nova vida e seus olhos se acenderam em fogo e êxtase, contemplando no ermo, as paisagens perdidas, onde o Nilo, aquele que era a presença dos deuses na Terra e a fonte de vida ao mesmo tempo, servira como esplendido cenário da transformação de desejo carnal para o amor imortal...
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui