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Contos-->Conversa fiada -- 20/10/2003 - 20:20 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Crise existencial? Não. Falta de concentração. Foi assim que o jornalista justificou o dia em que ficou em casa, assistindo desenhos, principalmente o do Bob Esponja.
Argumentou que o desenho fazia lembrar uns velhos amigos de bairro, que costumavam se meter em embrulhadas.
Numa das ocasiões em que se deram mal foi por resolverem colecionar calotas. Antigamente as indústrias automobilísticas produziam veículos e espalhavam suas marcas por diversas partes das engenhocas.
Os garotos do Boqueirão, bairro curitibano, cismaram de ver quem conseguia acumular mais calotas. Para tanto municiaram-se de chaves de fenda e saíram arrancando calotes de fuscas, chevrolets e tudo mais o que encontrassem.
Tiveram sucesso nas primeiras semanas, mas um dia cometeram um erro imperdoável.
Passaram perto do cemitério do Boqueirão, onde havia mais de uma centena de veículos envolvidos com um féretro. Eram tantos os veículos que a tentação venceu a razão.
Eram cerca de quinze garotos. Alguns, que moravam perto do cemitério, buscaram carrinhos de mão em casa para dar conta do butim.
Começaram bem a tarefa, mas em questão de meia hora foram apanhados e punidos com cascudos além de serem detidos na delegacia mais próxima.
O enterro que tantos carros atraiu era justamente de um cabo da polícia militar que havia sido alvejado em pleno serviço por assaltantes. Eram dezenas de policiais que estavam prestigiando a despedida do colega as vítimas em potencial dos piás.
Os pais tiveram muito trabalho para serenar o ânimos dos policiais naquele dia. Fizeram um acordo com a gurizada para não haver mais transgressão. Só que o acordo incluiu lavar todos os veículos que foram abordados pelos moleques durante uma quinzena. Eram pouco mais de vinte veículos, mas o acordo era a lavagem ou a detenção num centro de menores.
Alguns gostaram e continuaram lavando carros, garantindo gorjeta mais tarde. Um ou dois gostaram da farda e entraram na PM. Os demais nunca mais quiseram saber de olhar marcas de veículos metalizadas.
A maioria tomou jeito. Menos dois, que acharam que era interessante comprar e vender pó na Bolívia, simulando importação de talco. Acabaram conhecendo outros policiais, só que federais, e cumprem pena no presídio de Piraquara.
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