Minha voz fala mais alto
que o canto das águas do meu rio...
Sou a mestiça linda de olhos verdes amendoados
descendente da Tribo Tupi!
Ando nua pelas matas, nada me leva ao medo!
Oh... Homem Branco não morras... nua te busco
em largas braçadas contra a correnteza do rio,
por que te deixas levar sem ao menos reagir...
Tua carne gelada amparo em meus braços
e te aqueço sob meus seios rijos e fartos!
Em instantes te tornas teso, sem lembrar
do pesadelo ao sentir teu corpo rolando
pelas vertentes do rio!
O fogo da tua juventude é brasa escaldante
a queimar minha carne morena...
Profano... levas tuas mãos à procura das partes
eróticas do meu corpo, buscas os músculos
fortes das minhas coxas me apertando
como cavalo fogoso...
Tua boca molhada, tua língua veloz e macia,
lambem meus lábios carnudos, os lábios
mais cobiçados pela tribo...
Puxas meu corpo para junto do teu
e só assim dou conta de estar nua em pelo,
quando esmagas meus seios ao teu peito...
Encabulada, fujo de ti e,
me escondo atrás de velhas árvores...
Persegues-me como menino pequeno
ao brincar de esconde-esconde...
Ao ver tua ingenuidade
aceno-te e corres ao meu encontro...
Novamente em teus braços,
não sinto o menino travesso brincando,
mas um homem forte me desejando.
Entrego-me a teus encantos e,
ao sentir o movimento dos nossos corpos
se encaixando, me assusto com teu sexo
se aproximando!
Fico sem fala, arrepiada, tremendo de tesão!
Rolamos na relva molhada, desnorteada,
não sei se fujo e me escondo novamente
ou me entrego inteiramente ao clamor
do teu corpo exuberante, dando-me mostras
do teu desejo pela posse do meu corpo!