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Contos-->Soberba -- 23/10/2003 - 23:19 (andera ramirez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Soberba

Um distante olhar, era assim que ela estava parada na tela.
Quem diria.Havia achado a garota que eu sempre quis, estava apenas atrás de uma tela. Uma plana tela.O que há de errado comigo. Pensar em garotas que estão, que sempre tem tela nos rostos.
O nome quem se importa.
Lívia, Melissa, Alanna ou Julieta. Não faz diferença, seus olhos sempre partidos e distantes. Sorri para mim no espelho logo de manhã.Dentes brancos.
Peguei minha mochila e caminhei lentamente até a escola.As ruas cheias de pó estavam vazias, o céu azul estava incandescente.
Tento sorrir por dentro. Olho apenas para mim. De que importa o resto. De que importa os seus sorrisos falsos a dizer oi para mim.
De nada importa.
Lívia passa
Melissa sorri
Alanna estaciona seu carro do ano.
Julieta se esconde de mim atrás de uma arbusto.
Fantasmas me fazem mais feliz, garotas de telas de computador. Rostos a sorrir com os olhos no fotolog. Frases de conforto.
Vida em modo web.
Quando meu sangue corre mais rápido eu sinto flechadas de desespero.
Minha mochila e minha cadeira de rodas. Nós sorrimos para você. Por que você não vê.
Seus olhos brilham
Estonteante Débora.
Fui caminhando e subi as escadas em direção ao meu armário cinza, gostaria que ele fosse realmente prateado. Adoro coisas prateadas.
Débora passa por mim. Com sua saia verde musgo. Seus braços tem vida própria, cabelos pretos curtos a dizer chega. Olhos vazios de garotas do colegial.Ela flutua dentro de mim.
Fico parado a olhar, e sentir meu coração surtar. Ela não sorri para mim.Sinto falta disso.
Pego meus livros e sigo em frente, sempre em frente, movimentos retos, movimentos bruscos. Cabeças ao chão.
Lívia me chama no canto.
_ Boo, vamos comigo a loja de brinquedos á tarde? Quero uma boneca para maquiar.
Abaixo a cabeça.
_ Eu irei.
Continuo andando sempre reto.Pensando em Débora e seu sorriso frívolo. Seu olhar vazio.Quero saber seus sonhos.
Nada mais importa.
Vou até a porta da sala. E sinto minha mão tremer. Meu coração a pulsar uma flechada. Um sorriso nos meus olhos.
Alguém cutuca meu ombro por trás. Viro.
Uma mascara. Um palhaço.
Ele me pega pelo braço e diz.
_Levante-se
_Garoto infeliz, eu vi sua carta. Estou aqui para cumprir seu desejo. Antes vou fazer com que reze para minha alma.
_ Quem é você?
_ Seu amigo infeliz, por quem você trocou por garotas do colegial.
_ Elas não estão comigo?
_ E quem está com você?
_ Ninguém.
_ Você está mentindo. Grande garoto infeliz e mentiroso.
O que há de errado. Será Philip, Será Augustus, quem irá me massacrar. Não sou o garoto infeliz, sou o garoto vivendo a vida a mentir. A esconder sentimentos, a buscar o amor de alguém, sou o garoto dos sonhos delas que elas não descobriram quem é, um boneco inflável a sorrir. Não preciso ir para longe. Ainda não é a hora. Momentos exatos não existem.Tento rebater meu próprio mal. Luto pelos meus próximos dias. Chutes, pontapés, beliscões. Gritos.Ninguém aparece. Não há salvação.
Ele me leva, me arrasta corredor á fora. Estou caído no chão.Ele atira. Meu cérebro se espalha. Os dedos relaxam.
E meu sonho acaba.
No banheiro um reflexo de sangue no espelho.Assim seja a humanidade. Saudades de Boo.

andera ramirez
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