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Poesias-->O ESSENCIAL DA SOLIDÃO -- 02/11/2000 - 11:11 (Bia Zolnier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há muito tempo não abria

Aquela velha caixa de papelão

Antigas cartas

Fotos amareladas

Bilhetes & ramalhetes

Um colar de contas coloridas

Lembranças manchadas

Das lágrimas retidas

Das lágrimas choradas



Quase todos se foram

Quase tudo mudou

Já não sei mais quem eram

Nem quanto tempo passou



Levo tudo para perto da janela

Numa esperança quase infantil

De ver papéis voando livres na rebeldia

Com a desculpa senil

De enxergar melhor à luz do dia



Remexo as lembranças

Num jogo solitário de memória

Por que somos tão crianças

Quando se trata de nossa própria história?



Pensamentos desordenados

Sentimentos desorganizados

Fruição da vida

Uma complexa bagunça dos tantos passados

Que se misturam

Se entranham

E se estranham ao presente

Na caixa que tem o peso dos dias vividos

Completamente



Recordações não identificadas

Cartas não endereçadas

Poemas inacabados

Retratos desbotados

O essencial da solidão

Só faltava estar chovendo...



Então resolvo tudo num minuto

Sou assim

Sempre rompante na decisão

Uma bela fogueira nos fundos da casa

Para não chamar muito a atenção

De algum curioso que passa

Enquanto a caixa se consome pelo fogo



Enfim

Tudo se desmancha em cinzas

Cinzas que serão varridas pelo vento

Cinza

É como me sinto por dentro



Troco de roupa

Como se pudesse trocar de corpo

E saio para caminhar...





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