Meu amor não é dos deuses
Não é Machadiano
Não tive dádiva
Nem Maria Inês
Meu poema é opaco
Tempos opacos, sem heróis
Nossas vidas não brilham, caminham
Sem vícios, sem grandes virtudes,
Não seremos imortais
A plenitude é vulgar
Às letras, peço perdão
Mereciam meu coração
Pobre rima, pobre ser
Infeliz, sem escolha, sem escola, sem amor.
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