lua, miro-te nesse céu de estrelas,
cujo brilho por tua beleza é ofuscado
e então percebo, o baço coração bate por ela,
dita lua e venerada em canções d’amado.
és a pedra branca mais ativa,
quase morta: já está pálida
mas ao entrever-te alucino à essa amiga,
lua macilenta que por viver faz-se ávida.
tu és bela, sem sombra de dúvida.
és a vida na morte, acalento de paixão.
como um deserto gelado és tão úmida,
porém ainda lacrimejas no meu coração.
espera-me a mim, dama lua,
algum dia te encontrarei,
e então minha paixão será sua,
o amor da palidez de quem amei.
Por Arthur C. P. Andrade.
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