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Cartas-->Carta aos leitores -- 16/03/2003 - 18:23 (Carolina Furtado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Gostaria de deixar claro, que a morte, para mim, não é um sacrifício. Ao contrário, acredito que quando eu vier a deixar o meu corpo carnal, estarei bem melhor do que quando na terra com ele.

Gostaria de deixar por escrito, que penso da morte, um alívio, não que eu sofresse ou odiasse viver na Terra, mas creio na permanência da vida como Espirito e sei que ainda tenho muito o que fazer quando deixar este lugar, muito o que trabalhar. Acredito na verdadeira vida como aquela que vivemos quando deixamos completamente o mundo material, é uma vida bem diferente desta que vivemos em relação a moral dos homens, e também, muitos problemas sociais, lá, a diferença social já foi extinta. Portanto digo, que quando eu partir, não desaparecerei do mapa, não irei para o céu, muito menos, sofrerei eternamente nas chamas do inferno, terei sim, o que Deus me permitir e certamente o que está destinado a mim, mas sei que continuarei vivendo, trabalhando apaixonadamente pelas causas em que defendo e acredito. Porque não suportaria viver sem lutar por uma causa, não suportaria morrer, sem deixar uma causa a ser lutada. Não suportaria viver no paraíso, comendo do pão e bebendo do vinho, brincando, correndo pelas nuvens com os anjinhos, sabendo que na Terra existem crianças marginalizadas, com fome, frio, sofrendo, sabendo que meus irmãos precisam de socorro, de amparo. Sei que a lei de Deus é bem maior que as nossas convicções, por isso, por sermos todos humanos, ligados a matéria, cheios de defeitos, não acredito que qualquer pessoa, por mais boa que seja, receberá o paraíso em suas mãos e estará livre do trabalho ou dos sentimentos, das tristezas, dores, desconforto, saudades...

Primeiro, temos de despertar para o Espírito, isto é, sabermos que realmente deixamos o corpo e continuamos vivos, com as mesmas lembranças sentimentos e com o reflexo de nosso corpo carnal. Depois pode vir a dor da saudade, dos entes queridos, ou uma pessoa que foi muito ligada a nós durante a vida na Terra. Muitas pessoas tem o sentimento de culpa, desespero, por ter deixado uma coisa ou um assunto inacabado, ou sente a tristeza das pessoas q amava e ficaram, isso pode prejudicar, porque causa o afastamento da vida Espiritual, muitos vão embora, buscando parte da matéria que deixaram na Terra, ou as pessoas que continuam sofrendo pela sua partida, e se perdem no Umbral - um tormento de ilusões de nossa própria consciência - pensando que podem ampara-las o que é uma grande ilusão, a influência de Espíritos não preparados para voltar a Terra, é sentida pelo ser encarnado de forma a prejudicá-lo. Outros podem voltar com a intenção de realmente prejudicar, a vingança é um sentimento que quando a deixamos nos tomar, continua conosco mesmo após a morte, e o pior, pode nos perseguir por séculos, e séculos, e fazer-nos perder grande parte da nossa vida dedicando-nos apenas a realização do nosso orgulho.

Em fim, para existir a verdadeira adaptação do ser na vida espiritual, é preciso sobretudo, consciência, porque não adianta vivermos em uma dimensão onde tudo é espiritual, sem saber que nada do que é material podemos carregar conosco, apenas energias, sentimentos. O fazer mal aos semelhantes prejudica a nós mesmos, porque tudo que plantamos colhemos, tudo que damos recebemos de volta na mesma moeda, por este motivo, temos que aprender a controlar nossas ambições, nossas raivas, ódios... Essa é uma parte do que aprendi nessa jornada aqui na Terra e agradeço a Deus por pensar assim. Pelo menos sei que tenho objetivos, ideais, realizarei muitas coisas em vida e continuarei depois da minha morte, porque a morte é uma ilusão, quando morremos apenas despertamos para o nosso verdadeiro ser. E certamente quando eu tiver do outro lado, continuarei amando e espero que as fibras de meu amor, dure a minha vida inteira, isto é, para todo o sempre. Por isso digo que quando eu não estiver mais aqui, estarei bem, pois com a ajuda de Deus, terei encontrado o meu verdadeiro lar.

Carolina Furtado


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