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Contos-->O MUTANTE DO CU FALANTE - PARTE 6 -- 02/11/2003 - 13:01 (ASCHELMINTO da SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A vida seguia seu curso na casa dos Von Hobrach, já perfeitamente adaptados ao defeito de seu filho Joseph.
Os parentes mais próximos, avós, tios, primos e sobrinho, que por tanto tempo foram mantidos afastados do garoto, em total ignorância dos fatos, e cheios de suspeitas as mais estapafúrdias, depois do choque inicial, conviviam com o garoto de forma relativamente harmoniosa.
Até os vizinhos mais próximos do casal davam seu apoio e minimizavam os traumas do pequeno deformado.
As situações peculiares da vida rotineira de Joseph eram bem toleradas pelos poucos que delas privavam.
O menino chegava à idade pré-escolar, e um dilema causava desconforto aos pais do menino. Sabiam que a condição física de Joseph requereria uma escola especial, mas, por outro lado, as opções de escolas especiais em nada serviam ao seu filho, dotado de extraordinária inteligência, sagacidade e esperteza. Era com toda certeza mentalmente superior aos garotos de sua idade, portanto, coloca-lo numa escola especial poderia tolher seu desenvolvimento e ser extremamente danoso para Joseph.
Procuraram conselhos, primeiramente com o pediatra que acompanhava o menino desde o nascimento. Ele foi duro e direto ao dizer que o menino seria rejeitado por crianças normais, num ambiente escolar normal, onde a ausência dos pais permite que elas expressem sua personalidade com mais vigor, além de refletir os pensamentos e atitudes dos pais, livres das dissimulações que imperam nas relações sociais dos adultos.
- As crianças mostram no período pré-escolar, quem são elas e quem são seus pais, de maneira inequívoca, sem nenhum burilamento ou máscara imposta pela convivência forçada do mundo escolar, que está apenas começando. Esta fase é crucial para a aceitação ou rejeição de um membro no grupo, e define a forma de relacionamento entre os indivíduos nos anos vindouros. Disse o médico.
Eles saíram do consultório, desanimados e deprimidos, mas numa conversa com amigos, foram aconselhados a procurar um psicólogo infantil, que poderia avaliar a maturidade do pequeno Joseph e aconselhar os pais com base nas observações feitas sobre a criança.
Eles não perderam tempo, indo o mais rápido possível, os três, para uma nova consulta, temendo e desejando uma avaliação que os tranqüilizasse quanto à inserção do menino numa escola normal.
No elevador, os Von Hobrach encontraram outro casal acompanhado de sua filhinha, uma linda menininha com grandes olhos negros e lindos cabelos cacheados. A garotinha era pouco mais velha que Joseph, bastante expansiva e comunicativa, sorriu para Joseph, que também tentou sorrir de volta, mas com os movimentos musculares da face acabou por soltar um pum bem na cara da menininha, que ao perceber o fedor, começou a gritar e choramingar.
- Ele peidou na minha cara, mamãe, papai, ele deu um pum com a boca!
O mau cheiro incomodava os pais da garotinha e envergonhava os pais de Joseph, que, timidamente pediram desculpas pelo mau jeito do filho.

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