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Cronicas-->Portugal -- 26/03/2003 - 17:12 (Christina Cabral) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desde o momento que soube que uma equipe de jornalistas tinha sido convidada para uma visita a Portugal, que me preparo para curtir as notícias que, naturalmente, haveriam de chegar da "amada terrinha". Se eu disser que não invejo esta turma de brasileiros, que unidos pela mesma profissão, se regala numa promoção desta categoria, estarei mentindo deslavadamente.

Estava a ler, descuidadamente, quando deparei com a matéria esperada. Corri botar um babador, me aconchegar na minha cadeira de balanço; pelo menos, balangando, eu tinha a ilusão do movimento do avião, da aterrissagem, dos carros que conduziam os nossos viajantes pelos lugares tão bem descritos pela notícia.

Se eu tivesse o dom camoniano, escreveria uma epopéia às avessas:

A ocidental praia lusitana - das armas e barões assinalados - recebe a visita da gente americana, De muito aquém de Trapobana, partem jornalistas entusiasmados, vindos dos pontos cardeais, dos confins brasileiros isolados e, por ares nunca dantes trafegados, rumo a novos ideais: confraternização humana, cultura e a alegria, que só para este feito já trazia, de sobejo, motivos sem iguais.

Pudesse eu, mesquinha criatura, lançar mão à pena e a musa inspiradora me alargasse a mente, na aura de escritora, discorrer o evento em alta literatura... Partia! alegremente, navegando, descrevendo em sonho a épica viagem, como quem parte - e cá fica sonhando - para alcançar a tão fugaz miragem. Visitar Lisboa, Cascais, Alfama e no peito saudoso de quem ama, estreitar patrícios dessa terra boa! Escutar o fado, dançar o vira, provar o vinho de devida fama; saborear os acepipes que o paladar reclama.

Partiu Cabral da ibérica península e, por mares nunca dante navegados, veio bater os seus costados nesta verdejante e nativa insula. Toda uma civilização se ergue dos primeiros passos do nauta português; as caravelas, com os panos enfunados, tecem caminhos mal traçados e o cordão umbilical se fez, entre a terra-mãe e o filho estremecido - Brasil, dos brasis tão percorridos, desbravados pela gente lusitana.

Se eu fosse poeta, quão mais diria deste oportuno e feliz passeio; mas avó roceira, cronista de aráque, deixo de lado o ciumento ataque e cumprimento o povo viageiro. Província do Minho, Trás-os-Montes, Douro, Litoral ... meu Deus, quanta coisa linda a se ver em Portugal! Quanta sonoridade: Ilha dos Açores, Serra do Caldeirão! desperta a brasilidade, ecoa no coração! Só quem engrolou a língua em estrangeiras terras, sabe a dificuldade, das verdadeiras guerras que tem por enfrentar... De Portugal a chegança, desperta-nos a lembrança de pisar o pátrio solo. Porto Seguro, Estoril... o mesmo jeitinho manhoso, o mesmo lidar amistoso do povo do meu Brasil. Da velha-mãe ao largo colo é retornar cheios de fé, reencontrar as mesmas crenças nas festas de Nazaré.

O tempo que a tudo sana e a tudo iguala, uniu estas nações num apertado laço: não mais a terra soberana, não mais a colónia que se cala; irmãs no sangue e no progresso, têm em seus portos livre acesso e o mesmo ardor no caloroso abraço


Mande suas críticas e impressões. São muito importantes para mim.
Christina
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