Tarde Marinha
Ney Rodrigues Azambuja*
(em viagem pelas Ilhas Gregas)
Singra o barco pelas águas
Azuis do Mediterrâneo
Aportar no Mar Egeu Ilha
De Pátimo
Místicos momentos
Lendas, heroísmo, beleza,
História
Acrópolis, revelando
Atenas eterna.
Poesia nas rochas
Moinhos ao vento
Brancas casas
Janelas vermelhas
Emoção e magia
Ressonância deixo nas
Límpidas águas do
Azul de My Konos
Ephesus (Turquia)
Arquitetura, arte, fé
Ruas palmilhadas
De mármores
Civilização milenária.
Das guerras, destruída
Páginas sagradas
No tempo
Rubra o sol
Veste meu peito
De ternura e saudade
Incendeia o horizonte
Rasga a noite
Do meu universo.
Encanto, canto
Sons, risos, gritos
Murmúrios de água
Barco à deriva
Tarde marinha
Se espalha no infinito
Brilham estrelas no alvor
Aleluia! Aleluia do
Apocalipse
De São João Evangelista
Apóstolo de Cristo.
Monastério em Pátimo
Revive as revelações do
Livro Sagrado.
(*) Poetisa, professora, contista gaúcha de Porto Alegre. Participante da Antologia Del”Secchi/ Rio de Janeiro/2001.
.
|